Estados Unidos proíbem importação de produtos que envolvem trabalho escravo e infantil e Brasil está na lista
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama assinou na última quinta-feira (25) um projeto de lei que proíbe oficialmente as importações de bens e produtos que envolvem, em qualquer etapa de produção, o trabalho infantil e escravo. Segundo informações de sites internacionais de notícias, a medida deve entrar em vigor nos próximos dias.
Atualmente, a lei alfandegária norte-americana proibe a importação de itens produzidos por trabalho forçado se baseando apenas em oferta e demanda – se não houvesse oferta suficiente para atender a demanda interna, as importações eram autorizadas, independentemente de como foram produzidas.
O senador Sherrod Brown (Democratas-Ohio), que ofereceu a emenda eliminando essa exceção, disse em entrevista à Associated Press na última quinta-feira (25) que já está pedindo para o departamento alfandegário e de proteção de fronteiras dos Estados Unidos que as novas regras entrem em vigor em 15 dias.
"É embaraçoso que há 85 anos o Estados Unidos deixe produtos feitos com trabalho forçado entrar no país. Fechar essa brecha é uma ferramenta importante para combater a escravidão global", disse ele.
Periodicamente, o país elabora listas sobre trabalho escravo e infantil, que acompanha regiões e itens produzidos nessas localidades. A mais recente, publicada no ano passado, aborda 21 países e 29 produtos, incluindo itens alimentares – como feijão, nozes, cacau, café, arroz, e cana de açúcar. Ainda não foi divulgado como irá funcionar estas proibições, mas especula-se que devem ocorrer estudos e investigações baseados nos levantamentos já realizados.
Analistas consultados pelo Notícias Agrícolas não souberam informar os reflexos dessa proibição para as commodities agrícolas do Brasil e como ela funcionará de fato.
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