Planalto confirma Cardozo na AGU e procurador Wellington César no Ministério da Justiça
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, vai deixar o cargo que ocupa e assumirá a chefia da Advocacia-Geral da União (AGU), informou o Palácio do Planalto em comunicado nesta segunda-feira.
O procurador Wellington César Lima e Silva, do Ministério Público da Bahia, vai assumir o Ministério da Justiça, segundo o comunicado.
Cardozo deixa o Ministério da Justiça em meio a pressões e críticas pelos rumos das investigações da Polícia Federal, subordinada à pasta, relativas à operação Lava Jato.
O ministro Luís Inácio Adams, que estava à frente da AGU, deixará o governo. O Planalto informou ainda que Luiz Navarro de Brito assumirá o cargo de ministro-chefe da Controladoria-Geral da União.
(Por Lisandra Paraguassu)
Cardozo deve deixar cargo até 3ª feira e pode ir para AGU; procurador iria para a Justiça
De saída do Ministério da Justiça, o ministro José Eduardo Cardozo pode ser deslocado para a AGU, a Advocacia Geral da União.
Seria uma saída encontrada pela presidente Dilma Rousseff para mantê-lo no governo.
O ministro decidiu deixar o cargo, como antecipou neste domingo (28) a Folha.
Um dos cotados para substituí-lo na pasta deve ser Wellington Cesar, procurador baiano ligado ao ministro Jaques Wagner, da Casa Civil.
Cardozo, que já ameaçou pedir demissão em outras oportunidades, sairá em um dos momentos mais delicados do governo Dilma. Bombardeada por denúncias que podem envolver a sua campanha eleitoral, em especial depois da prisão do marqueteiro petista João Santana, a presidente está cada vez mais isolada e distante até mesmo do PT, partido que a elegeu e ao qual é ainda filiada.
Cardozo deixa o cargo também em uma semana conturbada, em que novas delações premiadas podem ocorrer na Operação Lava Jato e em meio a rumores de que estariam sendo preparadas buscas e apreensões em propriedades ligadas ao ex-presidente Lula e a seus familiares.
Leia a reportagem completa na coluna de Mônica Bergamo no site da Folha
Na Reuters: Cardozo deixará o cargo até 3ª feira, dizem fontes
Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, vai deixar o cargo até terça-feira, disseram à Reuters duas fontes do Palácio do Planalto nesta segunda-feira.
Cardozo já havia manifestado vontade de deixar o ministério, diante de pressões devido ao rumo das investigações da Lava Jato, mas acabou permanecendo a pedido da presidente Dilma Rousseff. O ministro participa de reunião com Dilma na manhã desta segunda-feira, no Planalto, para tratar de seu futuro no governo.
O nome de Cardozo, segundo uma das fontes, está sendo considerado para assumir a Advocacia-Geral da União, no lugar de Luís Inácio Adams, que deve deixar o cargo.
Cardozo é alvo constante de críticas pelo avanço das operações da Polícia Federal sobre políticos, acusado de não ter controle sobre a PF, subordinada a sua pasta. Em entrevista à Reuters, em novembro do ano passado, o ministro disse que seus detratores têm um “viés autoritário” e não percebem que o Brasil vive em uma democracia.
“Para não ser injusto eu diria que são críticas de setores do meu partido e da oposição. Porque quando a investigação resvala em alguém da oposição eu recebo a acusação de que eu estou instrumentalizando o partido. Quanto a investigação resvala em gente da base governista, dizem que eu não controlo", afirmou na entrevista.
Na ocasião disse que não tinha planos de sair enquanto a presidente o quisesse no cargo, apesar de reconhecer que havia “fadiga de material” no ministério.
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