Ministro Jaques Wagner diz que nova fase da Lava Jato não investiga campanha de Dilma
BRASÍLIA (Reuters) - No dia em que o marqueteiro das campanhas da presidente Dilma Rousseff foi preso pela Polícia Federal, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, usou sua conta no Twitter para defender o governo e afirmar que não há suspeitas sobre as contas eleitorais da presidente.
“A 23ª fase da Operação Lava Jato não investiga supostas irregularidades relacionadas à campanha de @dilmabr”, escreveu nesta terça-feira o ministro no Twitter, usando a conta da presidente na mesma rede.
O publicitário João Santana, que trabalhou nas duas campanhas de Dilma e na reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teve mandado de prisão expedido como parte da 23ª fase da Lava Jato, deflagrada na segunda-feira.
Suspeito de ter recebido pagamentos milionários ilegais no exterior provenientes do esquema de corrupção na Petrobras por serviços prestados para campanhas eleitorais do PT no Brasil, Santana desembarcou em São Paulo nesta terça, proveniente da Costa Rica, e foi levado pela Polícia Federal para Curitiba, onde ficará detido.[nL2N1620LN]
Na sequência de seis tuítes, Wagner insiste que os valores pagos pelas três campanhas –a de Lula em 2006, de Haddad em 2012, e as de Dilma em 2010 e 2014 – “obedeceram a lei”.
“As contas da campanha da presidenta foram declaradas e aprovadas pelo TSE”, afirmou.
“É o que atesta de modo inequívoco relatório da Polícia Federal”, escreveu o ministro, citando ainda parte do relatório da PF em que os investigadores dizem que “não há, e isto deve ser ressaltado, indícios de que tais pagamentos estejam revestidos de ilegalidade”.
(Por Lisandra Paraguassu)
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