S&P reduz ratings globais de 17 bancos brasileiros e notas nacionais de 27
SÃO PAULO (Reuters) - A agência de classificação de risco Standard & Poor's reduziu os ratings em escala global de 17 bancos brasileiros e os ratings em escala nacional de 27, depois de ter voltado a rebaixar o rating do Brasil na quarta-feira, com a redução da nota para "BB", de "BB+".
Como consequência, a Standard & Poor's reduziu os ratings em escala global e manteve as perspectivas negativas para 11 bancos, incluindo Bradesco, Itaú Unibanco, Santander Brasil, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Economico e Social (BNDES).
A S&P também reduziu os ratings globais, com implicações de "CreditWatch" (observação) negativa para o banco BTG Pactual e outros cinco bancos.
Bradesco, Itaú, BTG, Santander Brasil, Caixa e BNDES também tiveram seus ratings em escala nacional reduzidos.
Na véspera, a agência disse que o rebaixamento do rating do Brasil reflete a visão de que o perfil do país enfraqueceu desde setembro, quando a agência tirou o selo de bom pagador.
(Por Priscila Jordão)
O Globo: Ministério da Fazenda afirma que decisão da S&P sobre rebaixamento do Brasil é temporária
RIO, BRASÍLIA e SÃO PAULO - O Ministério da Fazenda reagiu ao novo rebaixamento do Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) por meio de uma nota na qual afirma que o governo está adotando uma série de medidas de caráter estrutural para reduzir incertezas fiscais, melhorar a confiança dos investidores e retomar o crescimento da economia. Segundo a equipe econômica, assim que essas ações começarem a mostrar resultados, a decisão da S&P será revertida. Com o corte, a agência afasta o país mais ainda do “selo de bom pagador”. A entidade passou a nota de crédito da dívida do país de “BB+” para “BB” com perspectiva negativa.
“Diante desse grande esforço conjunto, o Ministério da Fazenda está convicto de que a revisão da nota do Brasil é temporária e será revertida tão logo os resultados das medidas em andamento comecem a produzir efeitos na economia, levando ao reequilíbrio fiscal e à recuperação do crescimento”, afirma o texto.
A Fazenda ressalta ainda que a redução da nota do país por agências de risco não afeta a capacidade do governo de honrar seus compromissos com credores e nem a perspectiva de recuperação da economia no médio prazo: “Apesar do cenário atual de retração econômica, o país mantém a capacidade plena de honrar seus compromissos e cumprir com suas obrigações contratuais”.
Leia a notícia na íntegra no site do jornal O Globo.
Agência também vê risco maior sobre a dívida interna
Por Alvaro Gribel, em O Globo
Um dado que chamou muita atenção no rebaixamento do Brasil pela S&P foi que a agência igualou o rating dos títulos em moeda estrangeira e o rating dos títulos em reais do governo brasileiro. Agora, ambos estão em nível especulativo, dois degraus abaixo do grau de investimento.
Isso que dizer que, para a S&P, cresceu o risco de calote do governo não só na dívida externa, mas também na dívida interna, ou seja, para todos os investidores brasileiros que carregam títulos públicos.
A agência justifica o rebaixamento de várias formas. Diz que o processo de impeachment tirou força política da presidente Dilma para aprovar reformas fiscais, e que as investigações da Operação Lava-Jato também diminuem a coesão da base aliada. Além disso, acredita que em breve o governo vai anunciar uma redução da meta de superávit primário para este ano, como já vêm noticiando vários jornais, com a ideia da meta flexível do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.
Leia a análise na íntegra no site do jornal O Globo.
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