Apagado no Brasil, Lula vai à Argentina para apoiar candidato de Cristina
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai testar se sua popularidade ainda funciona. Mas aqui no Brasil, com o PT atolado em escândalos, recorde de reprovação de sua pupila Dilma Rousseff e o governo cambaleando, Lula não se arrisca - ele preferiu interpretar seu papel de cabo eleitoral na Argentina. Nesta quarta-feira Lula inicia uma visita de três dias ao país vizinho para participar de vários atos públicos com o candidato governista à Presidência, Daniel Scioli, a menos de dois meses das eleições.
Às vésperas de sua viagem, Lula expressou em uma entrevista ao jornal argentino Página 12 seu desejo que "Scioli ganhe as eleições" de 25 de outubro e amanhã estará junto com ele na inauguração de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na cidade de José C. Paz, na província de Buenos Aires, em um ato do qual também deve participar a presidente argentina, Cristina Kirchner.
Leia a notícia na íntegra no site da Veja.
Lula participa de ato na Argentina em apoio a candidato governista Scioli
BUENOS AIRES (Reuters) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ratificou seu apoio ao candidato governista à Presidência da Argentina, Daniel Scioli, participando ao lado dele de um ato de campanha nesta quarta-feira antes das eleições marcadas para outubro.
Scioli, um peronista que se mostra como uma continuidade dos 12 anos de governo centro-esquerdista do falecido ex-presidente Néstor Kirchner e de sua mulher, a atual presidente Cristina Kirchner, lidera com folga nas pesquisas de intenção de voto.
Alguns levantamentos, no entanto, mostram que ele teria de disputar um segundo turno com o oposicionista de centro-direita Mauricio Macri e a vitória nesta segunda rodada de votação não é garantida. Por isso o apoio de líderes políticos como Lula é bastante bem-vindo para o governista.
"Espero, Cristina, que o projeto que começou a construir em 2003 possa ser concluído, elegendo outra vez o projeto que mudou a história da Argentina", disse Lula em discurso nos subúrbios de Buenos Aires, durante cerimônia de inauguração de uma unidade médica batizada com o nome do ex-presidente brasileiro.
Scioli conta com o apoio de Cristina, que lhe garantiu um amplo volume de votos assim como lhe tirou alguns apoios, devido à rejeição a seu governo principalmente nos setores altos e médios da sociedade.
Nas eleições primárias obrigatórias, realizadas em julho, Scioli ficou em primeiro com 40 por cento dos votos e uma diferença de cerca de 10 pontos percentuais ante o segundo colocado, o Cambiemos, que elegeu Macri como candidato.
A última pesquisa divulgada, realizada pela consultoria Management & Fit, mostra que Scioli tem uma intenção de voto de 36,7 por cento, contra 29,2 por cento de Macri e 17,1 por cento do peronista de oposição Sergio Massa.
Para evitar um segundo turno, os candidatos precisam conseguir 45 por cento dos votos, ou 40 por cento desde que tenham 10 pontos percentuais de vantagem sobre o segundo colocado.
(Reporte de Nicolás Misculin)
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