Governo anuncia que Levy fica. Quem diz é Mercadante...

Publicado em 03/09/2015 18:38
na Reuters

Levy tem compromisso com Brasil e com projeto do governo, diz Mercadante

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou nesta quinta-feira que o titular do Ministério da Fazenda, Joaquim Levy, tem compromisso com o Brasil e com o projeto do governo, refutando especulações de uma eventual saída do chefe da equipe econômica.

Mercadante disse a jornalistas que há "total unidade" da equipe da presidente Dilma Rousseff em torno da necessidade de corte de gastos, em particular os obrigatórios, e melhora da receita. Ele, Levy e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, participaram nesta tarde de reunião com Dilma sobre o Orçamento de 2016, que prevê um déficit primário da União de cerca de 30 bilhões de reais.

A conversa entre Dilma e Levy (por Lauro Jardim, de veja.com)

Levy e Dilma:  por enquanto, ele fica

Levy e Dilma: por enquanto, ele fica

Joaquim Levy conversou com Dilma Rousseff e oficialmente será dito que o ministro da Fazenda fica no cargo.

Até Aloizio Mercadante entrará na roda, dando declarações públicas de apoio à política econômica de Levy, que tanto ele combate dentro do governo.

Tudo resolvido, então? Não. Dilma garantiu apoio a Levy na conversa que tiveram. Uma coisa, no entanto, é um apoio verbal; outra é dar suporte na prática.

Em resumo, o mais correto a dizer é que  Levy não sai hoje. Ele vai ficando.

Por Lauro Jardim

Levy diz ao jornal espanhol EL PAÍS que não pretende deixar o governo

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy(Ueslei Marcelino/Reuters)

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou em entrevista ao El País que não tem intenção de deixar o cargo. A declaração foi dada em meio a rumores na imprensa brasileira sobre seu desgaste no governo da presidente Dilma Rousseff e desentendimentos sobre a proposta orçamentária de 2016.

"Não tenho a intenção de deixar o governo", afirmou Levy ao El País, na noite de quarta-feira, segundo a agência Reuters. A íntegra da entrevista será publicada no jornal espanhol no próximo domingo.

Nesta quinta-feira, Levy cancelou sua viagem para a reunião do G20 na Turquia para se reunir com Dilma. Duas autoridades do governo disseram à agência Reuters nesta quinta-feira que Levy não tem planos de renunciar e que o encontro com a presidente foi convocado para discutir o Orçamento.

(Com Reuters)

Na FOLHA: Ministro Levy permanece no cargo, diz Mercadante

O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou nesta quinta-feira (3) à Folha que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, permanece no cargo.

"Levy fica. A reunião foi muito boa", afirmou Mercadante.

O ministro da Casa Civil participou de uma reunião com a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, além de Nelson Barbosa (Planejamento), para dar unidade interna em torno do chefe da equipe econômica para evitar que ele deixe o cargo por falta de apoio.

Mercadante concederá uma entrevista coletiva a jornalistas ainda esta tarde para, segundo assessores, tranquilizar o mercado, que estava agitado com a possibilidade de Levy deixar o cargo.

SINAL DE APOIO

Depois de conversa com o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, nesta quarta-feira (2) em Brasília, a presidente deu uma orientação interna à sua equipe mais próxima para deixar claro que seu governo vai perseguir a meta de superavit de 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto) no próximo ano.

Nesta segunda (31), o governo enviou ao Congresso uma proposta de Orçamento para 2016 com previsão de deficit primário de 0,5% do PIB.

Nesta quinta, pela manhã, a presidente Dilma tratou do tema com assessores mais próximos e reforçou a orientação de que, em entrevistas, eles destaquem que o governo vai estudar medidas para buscar cumprir a meta fiscal de 0,7% em 2016.

Na própria quarta-feira, por sinal, logo depois de receber Trabuco numa audiência fora da agenda oficial, a presidente fez questão de enfatizar que seu governo não havia abandonado a meta de superavit primário prevista para o próximo ano.

Segundo a Folha apurou, na conversa com Trabuco, Dilma ouviu o relato de que o anúncio do Orçamento com deficit estava enfraquecendo o governo e poderia gerar uma crise de confiança no mercado, provocando uma disparada na cotação do dólar. Ou seja, Trabuco defendeu a posição de Levy, que trabalhava no Bradesco antes de aceitar o convite para ser o ministro da Fazenda do segundo mandato da petista.

RECLAMAÇÃO

Levy cancelou a viagem que faria hoje para a Turquia, onde participaria da reunião de ministros de finanças e presidentes de banco centrais do G20.

Nesta quarta, o ministro procurou a presidente Dilma Rousseff e seu vice, Michel Temer, para reclamar de isolamento e falta de apoio no governo, pondo em dúvida sua permanência no cargo se a situação não mudar.

Depois de falar com o ministro por telefone e ouvir que ele sentia "perda de apoio" para sua política de ajuste fiscal, a presidente fez uma defesa pública de Levy, dizendo que ele "não está desgastado" nem "isolado" no governo. "Isolado de mim ele não está", disse Dilma, após cerimônia no Palácio do Planalto.

Mercadante: inflação em agosto deve ficar em torno de 0,25%

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou nesta quinta-feira que a inflação em agosto deve ter desacelerado para algo em torno de 0,25 ou 0,26 por cento, referindo-se ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Em entrevista a jornalistas, Mercadante também disse que a desvalorização da moeda brasileira está melhorando a balança comercial e permitirá a substituição de importados por produtos nacionais.

Bovespa fecha em alta de quase 2% com Levy em foco, apesar de NY


SÃO PAULO (Reuters) - A Bovespa fechou com o seu principal índice em alta pelo segundo pregão consecutivo nesta quinta-feira, resistindo ao enfraquecimento em Wall Street, com a parte da tarde marcada por ruídos envolvendo o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

O relativo alívio na cena externa nesta sessão, com a ajuda de feriado na China, endossou nova correção local dado o nível técnico de várias ações, apesar das perspectivas deterioradas para a economia e o quadro político instável no Brasil.

O Ibovespa subiu 1,94 por cento, a 47.365 pontos.

O giro financeiro totalizou 7,7 bilhões de reais.

Nos Estados Unidos, ao S&P 500 subiu apenas 0,12 por cento, em meio à cautela antes de dados do mercado de trabalho norte-americano na sexta-feira, que podem dar pistas sobre a decisão do Federal Reserve sobre juros este mês.

O quadro externo também encontrou certo suporte na sinalização do Banco Central Europeu (BCE) de que está pronto a atuar diante de qualquer sinal adicional de deterioração das condições econômicas e financeiras na região.

No Brasil, o cancelamento de viagem do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para a Turquia, onde participaria de reunião do G20, adicionou volatilidade aos negócios no início da tarde, levando o Ibovespa à mínima do dia, com queda de 0,4 por cento.

Operadores afirmaram que houve algum "estresse" com a notícia do cancelamento da viagem, seguida de uma melhora de percepção após notícias sobre reunião de Levy com a presidente Dilma Rousseff e os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e da Casa Civil, Aloizio Mercadante, em meio a rumores de que o titular da Fazenda voltará a dar as cartas na economia.

De acordo esses profissionais, também ajudou na retomada do fôlego a confirmação da presença de Levy em eventos em Paris e Madri no início da próxima semana.

Depois do fechamento dos mercados, o ministro da secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, disse que as diretrizes econômicas do governo são dadas por Levy e que o titular da Fazenda permanece no cargo.

Na véspera, a presidente saiu em defesa do ministro da Fazenda ao afirmar que ele não está "isolado" ou "desgastado" dentro do governo federal, em uma tentativa de dissipar especulações de que Levy estaria perdendo espaço.

Em entrevista ao jornal espanhol El País, Levy disse que não tem intenção de deixar o cargo.

A quinta-feira ainda contou com o anúncio do rebalanceamento semianual de séries do índice global de ações FTSE para América Latina, que passa a vigorar após o fechamento do próximo dia 18.

=VALE fechou com as preferenciais de classe A em alta de 4,25 por cento e com as ações ordinárias com avanço de 3,42 por cento, em linha com o movimento de mineradoras nas bolsas no exterior, com agentes do mercado repercutindo previsões sobre demanda de minério de ferro pela mineradora australiana Rio Tinto.

=ITAÚ UNIBANCO avançou 3,81 por cento e BRADESCO subiu 2,5 por cento, após a Câmara dos Deputados aprovar, conforme o esperado, a medida provisória 675, que eleva de 15 para 20 por cento a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de instituições financeiras.

=PETROBRAS encerrou com as preferenciais em baixa de 0,68 por cento e as ordinárias em alta de 0,39 por cento, em sessão sem tendência clara dos preços do petróleo, que terminaram o dia no azul
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Fonte:
Reuters + Folha + VEJA

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