Lideranças políticas e rurais de três Estados retratam insegurança jurídica no campo durante evento em Guaíra
A política expansionista apregoada pela Funai - Fundação Nacional do Índio traz como consequência a animosidade entre cidadãos brasileiros - índios e não índios. A afirmação foi feita pelo presidente do Sistema Famasul - Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Maurício Saito, durante o 'Fórum sobre a titulação de terras indígenas e titulação de terras em faixa de fronteira', realizado neste sábado (22), no município de Guaíra, no Paraná.
Com a presença de mais de duas mil pessoas, vindas do Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina, lideranças rurais e políticas debateram os principais problemas ocasionados com os conflitos fundiários e destacaram a realidade vivenciada pelos produtores das regiões atingidas. "Cabe a nós decidirmos o que queremos para um futuro próximo: ver uma família indígena como cidadãos ou como uma ameaça?", questionou Saito.
Maurício Saito destacou o cenário de insegurança jurídica de Mato Grosso do Sul. "O Estado tem atualmente 93 propriedades rurais invadidas, distribuídas em 28 municípios, que respondem por 25% do PIB e 22% de empregos gerados. Como podemos pensar que a mudança de posse pode resolver algo?".
O fórum foi promovido pela Câmara dos Deputados Federais, em proposição do deputado Federal, Sérgio Souza, que afirmou a necessidade de rápida solução para o problema. "Não estamos mais apenas no campo do discurso, estamos no campo da ação. Não podemos mais viver com essa insegurança no campo", ressaltou o parlamentar.
Em seu discurso, o presidente da Comissão de Assuntos Fundiários da CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Paulo Ricardo Dias, falou sobre o desenvolvimento do setor e a atual situação das comunidades indígenas. "Nosso índio vive mal. Precisamos discutir isso, mas não discutiremos o direito de propriedade".
Participaram também do evento realizado hoje os deputados federais, Dilceu Sperafico, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, Assis do Couto, Osmar Serraglio, o prefeito de Guaíra, Fabian Vendruscolo, o presidente da Aprosoja Brasil - Almir Dalpasquale, o presidente da Aprosoja/MS, Christiano Bortolotto, o vice-presidente, Nilton Pickler e diretora secretária da Famasul, Terezinha Cândido, o gestor do Departamento Técnico da Famasul, Lucas Galvan, entre outras lideranças rurais e políticas, além de produtores rurais e representantes de 26 sindicatos .rurais de Mato Grosso do Sul.
Após os discursos dos participantes, foram realizadas duas palestras sobre a situação fundiária no Paraná, proferida pelo deputado federal, Sérgio Souza, e a segunda sobre a PEC 215, que entre outros pontos, traz para a Constituição o marco temporal de 1988, para efeito de demarcação de terra indígena, ministrada pelo deputado federal, Osmar Serraglio.
3 comentários
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Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC
Causa espanto que os deputados calem diante da ação da procuradoria geral do Sr. Janot em relação ás demarcações e da falta de ação para denunciar Dilma Roussf.
Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC
Quem está descendo o sarrafo nos produtores é o MPF, comandado pelo Sr. Rodrigo Janot. Será que o Srs. deputados, junto às lideranças não podem parar Rodrigo Janot e votar a PEC 215 e 71? Quem os impede? A prestação de serviços à Sra. Dilma Roussef, em nome da ideologia bolivariana?
EDMILSON JOSE ZABOTT PALOTINA - PR
Nada destas falas tem valor se o Direito à Propriedade e a Paz no Campo não forem respeitadas. Basta que os parlamentares votem a Pec 215 e a Pec 71 . Não podemos ficar aguardando mais uma véspera de Eleição para novamente nos prometerem mentiras..., enquanto issso o Produtor não sabe se amanhã poderá plantar. Ex. É o produtor de Guaira que foi preso por utilizar mão de obra de Paraguaios. Quem deveria ter fiscalizados estes que estão irregularmente no Brasil?? Quando o brasileiro vai ao Paraguai precisa fazer o permissio e no Brasil eles fazem o que querem e a Justiça pune o Produtor Rural??!!