Governo busca apoio de elite empresarial para conter crise
Com os indicadores econômicos piorando e a instabilidade política reforçando o cenário de recessão, a presidente Dilma Rousseff irá recorrer aos líderes do PIB (Produto Interno Bruto) para tentar obter apoio e, assim, driblar a crise.
O governo quer chamar a elite empresarial brasileira para um encontro nos moldes da reunião com os governadores, ocorrida semana passada, no Palácio da Alvorada.
A petista também convidará executivos do mercado para conversas individuais. Estão na lista alguns dos maiores grupos privados do país, tais como Rubens Ometto (Cosan), Luiz Carlos Trabuco (Bradesco), Jorge Gerdau (Gerdau) e Abílio Diniz (Grupo Pão de Açúcar). Todos são considerados relativamente próximos ao Executivo.
Em avaliações internas, o governo concluiu que precisa não só recuperar interlocução com os movimentos sociais, mas também refazer as pontes com o capital.
O objetivo é, de um lado, mostrar apoio entre os chamados barões do PIB, e, do outro, obter ajuda da iniciativa privada para influenciar o Congresso contra a aprovação de projetos com forte impacto fiscal.
O agravamento da situação política ampliou o grau de incerteza sobre o futuro da economia brasileira e gerou dúvidas sobre a capacidade do Planalto de reagir à crise.
Na Câmara, as condições de governabilidade são as mais frágeis possíveis. Investigado pela operação Lava Jato, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDBRJ), tem se valido da aguda fragilidade do governo como estratégia para tentar desviar a atenção de seu próprio desgaste.
Leia a notícia na íntegra no site Folha de S.Paulo.
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