Boletim Focus: Mercado já prevê inflação de 9% para este ano, na 11ª alta seguida
A estimativa do mercado para a inflação deste ano já alcançou 9%, segundo pesquisa do Banco Central. Na semana anterior, a previsão era de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechasse o ano em 8,97%. Foi a 11ª semana seguida de alta nesse indicador. Para 2016, a estimativa do mercado para a inflação permaneceu estável em 5,5%.
As perspectivas para o crescimento da economia também ficaram piores. De acordo com o boletim Focus – que reúne estimativas de mais de cem instituições financeiras – o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve "encolher" 1,49% este ano. A estimativa anterior era de queda de 1,45%.
Inflação
Com a nova alta, a estimativa do mercado se equipara à do próprio Banco Central que, na semana passada, admitiu que o IPCA deve ficar em 9% este ano, estourando a meta do governo, que é de até 6,5%. Segundo o BC, a probabilidade de a inflação ficar acima do teto do sistema de metas, em 2015, é de cerca de 99%.
Se confirmada a estimativa para o IPCA, a inflação de 2015 atingirá o maior patamar desde 2003, quando ficou em 9,3%. A expectativa oficial do governo para a inflação deste ano, divulgada no decreto de programação financeira em maio, está em 8,26%.
Segundo economistas, a alta do dólar e dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressiona os preços em 2015. Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos reais de salários, segue elevada.
Pelo sistema que vigora no Brasil, a meta central para 2015 e 2016 é de 4,5%, mas, com o intervalo de tolerância existente, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida. Com isso, a inflação deverá superar o teto do sistema de metas em 2015, algo que não acontece desde 2003.
Produto Interno Bruto
Para o comportamento do PIB neste ano, os economistas do mercado financeiro reduziram ainda mais a previsão, na semana passada, para uma retração de 1,49%. Foi a sexta queda seguida deste indicador. Até então, a estimativa do mercado era de um recuo de 1,45%. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990 – quando foi registrada uma queda de 4,35%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira. Para 2016, o mercado baixou sua previsão de alta do PIB de 0,7% para 0,5%.
No fim de maio, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia brasileira registrou queda de 0,2% no primeiro trimestre de 2015, puxada pelo desempenho negativo do setor de serviços e da indústria, bem como pelo recuo do consumo das famílias e dos investimentos. Neste início de ano, o que evitou um tombo ainda maior do PIB foi a agropecuária.
Leia a notícia na íntegra no site G1.
0 comentário
Dólar fecha em leve baixa após BC vender US$3 bilhões ao mercado
Leilões de títulos não buscam controlar dólar ou juro e mercado está funcionando, diz coordenador do Tesouro
Moraes mantém prisão de Braga Netto e Mario Fernandes
Brasil tem fluxo cambial negativo de US$18,427 bi em dezembro até dia 20, diz BC
Dívida pública federal sobe 1,85% em novembro, para R$7,204 tri, diz Tesouro
Gabinete Presidencial de Taiwan faz primeira simulação de mesa sobre emergência com China