China deveria reforçar política fiscal se PIB desacelerar com força, diz FMI
PEQUIM (Reuters) - A China deveria aumentar os estímulos fiscais à economia se o crescimento ficar abaixo de 6,5 por cento neste ano, ou se preparar para adotar medidas para conter o crédito e o investimento se a expansão surpreender para cima, afirmou nesta terça-feira o Fundo Monetário Internacional.
O FMI projeta que o crescimento econômico anual da China alcançará 6,8 por cento neste ano, desacelerando ainda mais para 6,25 por cento em 2016, afirmou a instituição em relatório.
"Se os próximos dados sugerirem que o crescimento deve superar 7 por cento, as autoridades deveriam aproveitar a oportunidade para reduzir vulnerabilidades mais rapidamente", disse o FMI.
"Se em vez disso parecer certo que o crescimento vai cair abaixo de 6,5 por cento, então a política fiscal deveria ser afrouxada".
O FMI disse que a China ainda enfrenta riscos do crescimento insustentável do crédito e do investimento e pediu que o governo acelere as reformas, incluindo para tornar o iuan mais flexível.
"Acreditamos que a China deveria buscar alcançar uma taxa de câmbio efetivamente flutuante dentro de dois a três anos", disse o FMI.
A economia da China cresceu 7,4 por cento em 2014.
O país registrou um crescimento anual de 7 por cento no primeiro trimestre e dados recentes mostraram que perdeu ainda mais força no segundo trimestre, aumentando o risco de que o crescimento no ano pode cair abaixo da meta do governo de 7 por cento.
(Reportagem de Koh Gui Qing)
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