Na FOLHA: Na abertura da Expozebu, grupos protestam contra Dilma e Pimentel
Protestos contra a presidente Dilma Rousseff e o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), marcaram neste domingo (3) a abertura oficial da Expozebu –maior feira pecuária do país–, em Uberaba (MG).
Nem Dilma nem o governador foram ao evento. Pimentel tinha presença confirmada por seu governo e pela ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), entidade organizadora da feira, até a noite de sábado (2).
Com buzinas e apitos, cerca de 50 pessoas se reuniram no Parque Fernando Costa para o ato contra o governo do PT. O grupo trazia cartazes e faixas pedindo o impeachment da presidente, mensagens contrárias ao partido e outras pedindo o combate à corrupção.
Pedro Ladeira - 12.mar.2014/Folhapress | ||
O vice-governador Antonio Andrade, representante de Fernando Pimentel na abertura da Expozebu |
"Fora, Dilma", "Fora, PT" e "Pimentel covarde" eram algumas das mensagens.
A manifestação contou com a adesão de lideranças dos movimentos Vem Pra Rua e Brasil Limpo. Dias antes, na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), um buzinaço contra a presidente na abertura da feira paulista levou o vice-presidente Michel Temer (PMDB) a cancelar o pronunciamento.
"Queremos barrar o discurso de quem é contra o Brasil. Protestamos na Agrishow e conseguimos que as autoridades federais não discursassem. A mensagem também foi dada em Uberaba. Tanto que o governador de Minas cancelou a visita na última hora", disse André Rodini, do Brasil Limpo.
Os manifestantes começaram a se mobilizar por volta das 10h, antes do início da cerimônia. Sem a presença de Dilma e Pimentel, o grupo dirigiu as vaias e gritos de protesto ao discurso do vice-governador mineiro, Antonio Andrade (PMDB), e do prefeito de Uberaba, Paulo Piau (PMDB).
MST E 'SAIA JUSTA'
A presença de Fernando Pimentel para a abertura da feira em Uberaba estava confirmada pela ABCZ. O cerimonial do governo mineiro estava desde sábado (2) na cidade para preparar os detalhes da visita do petista.
Piau também organizava a recepção do aliado no aeroporto local e a entrega de documento para solicitar investimentos ao Estado. A equipe e o prefeito só foram avisados do cancelamento da viagem na manhã deste domingo.
Com o recuo de Pimentel, foi o vice-governador quem recebeu as críticas contra a homenagem concedida pelo governo mineiro ao líder do movimento MST, João Pedro Stédile.
A situação havia gerado desconforto com os ruralistas no mês passado e foi novamente repudiada em público pelo presidente da ABCZ, Luiz Cláudio Paranhos, no discurso de abertura da Expozebu.
"Os produtores estão apreensivos com o risco de essa homenagem ser interpretada por grupos radicais como um sinal verde para mais invasões e para uma ainda maior dificuldade no cumprimento das reintegrações de posse no Estado de Minas Gerais", posicionou ao cobrar segurança jurídica para os proprietários de terra.
À imprensa Andrade justificou que o governador mineiro cancelou a agenda por questões familiares, mas afirmou que o petista prepara visita a Uberaba ainda este mês para prestigiar a feira.
'GOVERNO PLURAL'
Sobre o discurso do presidente da ABCZ, o vice argumentou que o governo tem uma postura democrática e transparente. Por isso, precisa estar aberto às reivindicações de vários segmentos do setor rural.
"Eu cumprimento o presidente da ABCZ por ter manifestado a sua indignação, mas o governo é transparente e plural. Então, temos que discutir todos os ângulos da questão. Cada um faz a sua defesa da forma que puder. Vamos discutir todos os assuntos, por mais espinhosos que sejam", declarou.
Sem os representantes do governo federal, o palanque oficial contou com o vice-governador, secretários estaduais e parlamentares.
O senador Aécio Neves (PSDB) era esperado e receberia uma homenagem da ABCZ, mas houve incompatibilidade de agenda e a entrega da comenda foi adiada.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), visitaram o Parque Fernando Costa no sábado, mas foram embora no mesmo dia e não participaram da abertura oficial.
No sábado, grupo faz novo protesto em edifício de Dilma em Porto Alegre
Pelo segundo dia seguido, a presidente Dilma Rousseff foi alvo de protestos enquanto descansava em Porto Alegre.
Um grupo de dezenas de pessoas se reuniu na tarde deste sábado (2) em frente ao prédio onde ela possui um apartamento, na zona sul da cidade, e cantou músicas pedindo o impeachment.
Vestidos de verde e amarelo, eles levaram tambores, apitos e megafones. A exemplo do que havia ocorrido na sexta-feira, a segurança na rua foi reforçada.
A manifestação foi convocada pela internet por um grupo chamado "Banda Loka Liberal", que já tinha participado dos protestos de Porto Alegre contra Dilma nos dias 15 de março e 12 de abril.
Na sexta-feira, cerca de dez pessoas haviam feito uma manifestação semelhante em frente à casa de Carlos Araújo, ex-marido da presidente. Ela estava no local visitando familiares, como o neto, Gabriel, que vive na capital gaúcha.
Dilma deixou Porto Alegre no início da noite deste sábado. Ela não teve compromissos oficiais no Rio Grande do Sul.
Em festa da CUT, Lula diz que elite tem medo que ele volte à Presidência
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu ao palco da festa organizada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) em comemoração ao Dia do Trabalho para defender o governo Dilma Rousseff. Aproveitou para criticar aqueles que pedem o impeachment e a "elite brasileira", que, segundo ele, teme a sua volta ao Planalto.
Ele avisou a quem chamou de "detratores" que vai percorrer o país para garantir a manutenção do governo.
"A Dilma é presidente e eu quero que ela governe esse país, e quero ficar quieto no meu lugar para não dizer que estou pondo ingerência. Aos meus detratores, eu agora vou começar a andar o país outra vez. Vou começar a desafiar aqueles que não se conformam com o resultado da democracia. Aqueles que desde a vitória da Dilma estão pregando a queda da Dilma. Eles têm que saber que se tentar mexer com a Dilma, eles não estão mexendo com uma pessoa. Estão mexendo com milhões e milhões de brasileiros", disse.
Ele afirmou que não tem intenção de concorrer novamente ao governo, mas que cansou de provocações.
"Eu estou quietinho no meu canto. Mas não me chame para a briga. Porque sou bom de briga e vou entrar na briga", discursou, acrescentando: "Eu não tenho intenção de ser candidato a nada. Mas está aceita a convocação".
Irritado com a publicação da revista "Época", segundo a qual ele é alvo de investigação por tráfico de influência, Lula reagiu ao que chamou de insinuações de que seu nome apareça na Operação Lava Jato e disse que parte da elite tem medo de que ele volte a ser candidato.
Para ele, esse é um temor inexplicável. "Nunca ganharam tanto dinheiro como no meu governo".
Dirigindo-se aos jornalistas que assistiam seu discurso ao pé do palanque, Lula chamou de lixo as revistas "Veja" e "Época". "Não valem nada", disse.
INVESTIGAÇÃO
Reportagem da "Época" divulgada em sua página na internet na noite desta quinta (30) diz que a Procuradoria da República em Brasília abriu uma investigação contra Lula por tráfico de influência internacional e no Brasil.
Segundo a revista, ele é suspeito de usar sua influência para facilitar negócios da empreiteira Odebrecht com governos estrangeiros onde faz obras financiadas pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Um trecho reproduzido da peça da Procuradoria fala em "supostas vantagens econômicas obtidas, direta ou indiretamente, da empreiteira Odebrecht pelo ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, entre os anos de 2011 a 2014, com pretexto de influir em atos praticados por agentes públicos estrangeiros, notadamente os governos da República Dominicana e Cuba, este último contendo obras custeadas, direta ou indiretamente, pelo BN,DES".
Para os procuradores, diz "Época", relações de Lula com a construtora, o banco e os chefes de Estado podem ser enquadradas, "a princípio", em artigos do Código Penal.
Na VEJA: Se a Lava Jato vai pra cima da Odebrecht, Lula vai pra cima da Lava Jato (Felipe Moura Brasil)
Os últimos parágrafos de uma reportagem do Estadão mostram os novos rumos da Operação Lava Jato:
“Com a fase final desses primeiros processos que têm como réus executivos de seis empreiteiras, a Lava Jato entra em nova etapa.
Serão duas frentes prioritárias. A primeira tem por objetivo concentrar esforços na apresentação de denúncias contra os executivos de outras empreiteiras investigadas por cartel, como a Odebrecht, a Andrade Gutierrez e a Queiroz Galvão.
A segunda frente será aprofundar a descoberta dos esquemas de desvios, propina e lavagem nos contratos das diretorias de Serviços – comandada por Renato Duque e cota do PT no esquema – e de Internacional – comandada por Nestor Cerveró e cota do PMDB”.
Eu só sei de uma coisa:
Se a Lava Jato vai para cima da Odebrecht, Lula (com seus bonequinhos, como Wadih Damous) vai para cima da Lava Jato.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil
10 resultados “estarrecedores” de Dilma Rousseff
1) O pior resultado das contas públicas em 17 anos;
2) O menor nível de confiança da indústria em 10 anos;
3) A maior alta da inflação em 11 anos, chegando a 8,13% em 12 meses;
4) A maior alta da taxa de juros em 7 anos, chegando a 13,25%;
5) A pior desaceleração da economia nacional em duas décadas, prevista em relatório do FMI;
6) O menor índice desde 2010 de satisfação com os rumos da economia, de acordo com pesquisa da Ipsus Public Affairs, segundo a qual apenas 11% dos brasileiros estão satisfeitos;
7) 56% dos brasileiros estão revendo gastos que estavam planejados para 2015 e pretendem cortar produtos considerados não essenciais, segundo uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito;
8) 53% dos brasileiros decidiram diminuir as compras parceladas com medo do que pode acontecer no futuro, também de acordo com o SPC;
9) A desvalorização do real frente ao dólar, que voltou a ficar acima dos R$ 3 nesta semana;
10) A queda de 2.000 dólares na renda per capita (de 11.300 para 9.300) desde que Dilma assumiu o governo, sendo o Brasil hoje um dos poucos países do mundo em que a renda per capita está em queda.
A propósito deste último item, convém lembrar as palavras da petista em 12 de abril de 2013:
“O nosso objetivo é dobrar [!] a nossa renda per capita. É esse o objetivo desse país. Ele se mede, fundamentalmente, pela renda per capita da nossa população. É essa a medida e o metro que nós devemos usar.”
Dilma é reprovada em sua própria medida. Dilma é péssima em todos os metros.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil
João Santana, marqueteiro do PT, é investigado por lavagem de dinheiro
A Polícia Federal decidiu investigar João Santana por lavagem de dinheiro.
O marqueteiro das campanhas de Lula e Dilma Rousseff é suspeito de ter usado duas empresas para trazer 16 milhões de dólares de Angola para o Brasil, em 2012. A notícia é da Folha.
O dinheiro lavado por João Santana seria proveniente de empreiteiras brasileiras que atuam no país africano, evidentemente com obras financiadas pelo BNDES, ou seja: pelo dinheiro do contribuinte brasileiro.
Para quitar a dívida de 20 milhões de reais que tinha com o marqueteiro após a campanha de Fernando Haddad, o PT lhe teria feito pagamentos com o nosso dinheiro por meio das empreiteiras.
Fernando Haddad e João Vaccari Neto já depuseram no inquérito aberto pela PF.
João Santana nega irregularidade, claro.
Assim como, em campanha, negou a inflação.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil
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