Ministro Cardozo é convidado a depor em CPI do HSBC
SÃO PAULO (Reuters) - A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga as contas secretas no banco HSBC na Suíça aprovou, nesta quinta-feira, requerimento de convite ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para prestar depoimento à comissão.
O requerimento, de autoria do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), defende o convite a Cardozo para que ele preste "esclarecimentos sobre as providências tomadas pelo governo brasileiro referentes ao caso SwissLeaks, como está sendo chamado o caso de vazamento de informações sobre contas secretas em uma agência do HSBC em Genebra.
O ministro afirmou que comparecerá à comissão no Congresso.
"Irei sempre que for convidado às comissões ou ao plenário. É um dever do governante prestar contas e informações ao Poder Legislativo”, disse Cardozo a jornalistas no Rio de Janeiro.
Nos dados vazados, foram encontradas contas secretas abertas nos nomes de 8.667 cidadãos brasileiros, nas quais havia saldo de 7 bilhões de dólares.
Segundo o ministro, já foram solicitadas informações à França para onde forma enviados os dados que saíram da Suíça. Após o recebimento, serão encaminhados à Polícia Federal e à Receita Federal para verificar se as declarações de rendimentos dessas pessoas são legais.
"No caso de ilegalidade, haverá uma parte que será investigada pela Receita Federal devido aos delitos fazendários e outra parte criminal, que poderia envolver crimes de lavagem de dinheiro e evasão de receita”, disse o ministro.
O requerimento, aprovado nesta quinta-feira na CPI, diz que o vazamento, conhecido como SwissLeaks, indica a possibilidade de que entre as movimentações financeiras "estejam relacionadas à evasão fiscal, à corrupção, ao tráfico de drogas e de armas, entre outros crimes".
(Por Eduardo Simões, com reportagem adicional de Rodrigo Viga Gaier no Rio de Janeiro)
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