Em VEJA: Cuba convoca coletiva em meio a boatos de que Fidel teria morrido
O governo de Cuba convocou uma coletiva de imprensa para esta sexta-feira em meio a boatos de que Fidel Castro teria morrido. Não há informações sobre o motivo da convocação e nem sobre o horário em que o evento ocorrerá. De acordo com o jornal Diario de Cuba, a informação foi confirmada pelo Centro de Imprensa de Havana, mas detalhes não foram revelados.
A publicação também cita o ex-governador e ex-deputado José Briceño, que afirma ter notícias do retorno de militares cubanos lotados na Venezuela para Havana, seguindo ordem de superiores. Até o momento, contudo, não há informações oficiais sobre a possível morte de Fidel Castro. Boatos do tipo já foram criados anteriormente, sem que o ditador tivesse realmente morrido.
Os rumores são fortalecidos pela ausência de Fidel Castro em eventos importantes, como na chegada de três espiões cubanos libertados pelos Estados Unidos em dezembro. O ex-ditador não fez nenhum pronunciamento sobre o restabelecimento de relações diplomáticas entre Havana e Washington. O atual ditador de Cuba, Raúl Castro, também não celebrou o aniversário da Revolução Cubana, como era de praxe em seu regime.
No Estadão:Em meio a rumores sobre morte de Fidel, Cuba convoca coletiva
EFE -
Exilados nos EUA detectam 'tensão' incomum entre familiares de ex-presidente e pessoas ligadas aos militares cubanos
O ex-presidente de Cuba Fidel Castro não aparece em público há um ano. O histórico líder cubano não deu as caras nem mesmo para comentar a reaproximação entre Washington e Havana, anunciada em dezembro pelo presidente americano, Barack Obama, e por seu irmão, Raúl.
Os rumores de que Fidel teria morrido aumentaram nesta quinta-feira, 8, alimentados por meios de comunicação hispânicos no EUA e por representantes da comunidade cubana no exílio, que teriam detectado uma "tensão" pouco comum entre familiares de Fidel e pessoas ligadas aos militares da ilha.
Testemunhas afirmam ainda que o governo mandou restaurar as ruas e avenidas que levam ao cemitério de Santa Efigênia, em Santiago de Cuba, onde fica o panteão das Forças Armadas e onde autoridades estariam terminando o mausoléu onde Fidel seria sepultado.
Boatos sobre a morte de Fidel correm desde que ele se tornou o comandante da Revolução Cubana, mas os rumores adquiriram um tom mais insólito na quinta-feira, quando Havana convocou para a manhã desta sexta-feira uma coletiva de imprensa.
Às 11h28
Cuba nega que tenha convocado coletiva em meio a rumores sobre morte de Fidel
Última aparição do ex-ditador foi há um ano, quando esteve na inauguração de uma galeria de artes. Fidel não comentou recente acordo com os EUA
Homem de bicicleta diante de um edifício com uma bandeira de Cuba, em Havana (Adalberto Roque/AFP/VEJA)
Cuba negou nesta sexta-feira ter convocado a imprensa estrangeira nesta sexta-feira, em meio a rumores e publicações nas redes sociais sobre uma a morte de Fidel Castro. "Isso é falso. Não foi convocada nenhuma coletiva de imprensa", disse um funcionário do Centro de Imprensa Internacional (CPI), o departamento do Ministério das Relações Exteriores cubano que atende os meios de comunicação estrangeiros. "Sempre anunciamos da mesma forma (através de um e-mail aos meios de comunicação) e nada foi enviado", acrescentou o funcionário do CPI.
Alguns meios de comunicação de Miami, reduto do anticastrismo, haviam informado que o centro de imprensa, sem identificar o CPI, havia convocado a imprensa estrangeira nesta sexta-feira em Havana, insinuando que esta suposta citação estava relacionada a uma piora da saúde de Castro, de 88 anos.
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No entanto, nenhuma convocação havia sido recebida pela agência France-Presse através dos canais habituais utilizados pelo CPI: e-mail ou, às vezes, mensagens de texto de celulares. Os rumores sobre a suposta deterioração da saúde do líder cubano foram estimulados depois que, na quinta-feira, completou um ano desde sua última aparição pública, embora nos últimos meses tenha recebido líderes estrangeiros em sua casa em Havana. Afastado do poder em julho de 2006, Fidel fez sua última aparição pública no dia 8 de janeiro de 2014, quando compareceu à inauguração da galeria do artista cubano Alexis Leyva ‘Kcho’ – seu velho amigo – no oeste da capital. Sua última coluna de imprensa foi publicada pelos meios de comunicação em outubro.
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O ‘Comandante’, como é chamado pelos cubanos, não comentou publicamente a aproximação entre Cuba e Estados Unidos anunciada por seu irmão e sucessor, Raúl Castro, e pelo presidente Barack Obama há três semanas. Também não compareceu à cerimônia de boas-vindas dos três agentes cubanos – considerados heróis na ilha – libertados por Washington como parte dos acordos que colocaram fim a meio século de inimizade.
(Com agência France-Presse)
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