Petróleo fecha em alta com ameaças à oferta
(Reuters) - Os preços do petróleo fecharam em alta nesta terça-feira, com ataques ucranianos às instalações energéticas russas e o conflito crescente no Oriente Médio impulsionando o Brent acima de 89 dólares o barril pela primeira vez desde outubro.
Os futuros do Brent para entrega em junho encerraram em alta de 1,50 dólar, ou 1,7%, a 88,92 dólares, após atingirem um pico de 89,08 dólares.
Os futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) para maio fecharam em alta de 1,44 dólar, ou cerca de 1,7%, a 85,15 dólares, após alcançarem o patamar de 85,46 dólares, também o mais alto desde outubro.
Um drone ucraniano atingiu uma das maiores refinarias da Rússia, num ataque que a Rússia disse inicialmente ter repelido.
A fábrica de processamento de gás de Astrakhan, na Rússia, controlada pela gigante de energia Gazprom, também interrompeu a produção de produtos derivados do petróleo após uma parada relacionada a reparos em 30 de março, afirmou a empresa, confirmando reportagem anterior da Reuters.
Uma análise da Reuters das imagens que mostram o impacto do ataque sugere que a investida atingiu a principal unidade de refino de petróleo da refinaria, responsável por cerca da metade da capacidade total anual de produção da planta, que é de 340.000 barris por dia (bpd). Os danos não pareceram graves.
A Rússia, um dos três maiores produtores mundiais de petróleo e um dos maiores exportadores de produtos petrolíferos, tem lidado com ataques ucranianos a refinarias de petróleo e também tem feito ataques à infraestrutura energética ucraniana.
No Oriente Médio, o Irã prometeu se vingar de Israel por um ataque aéreo que matou dois generais de alto escalão e cinco conselheiros militares no complexo da embaixada iraniana em Damasco.
Israel tem estado em guerra contra o grupo palestino Hamas, apoiado pelo Irã, em Gaza, mas o envolvimento direto do Irã pode desencadear um "conflito regional com impacto plausível no fornecimento de petróleo", disse Tamas Varga, da corretora de petróleo PVM.
(Reportagem de Laura Sanicola em Washington, Natalie Grover em Londres, Colleen Howe em Pequim e Trixie Yap em Cingapura)
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