StoneX comenta fim do PPI pela Petrobras em live
O anúncio do fim do PPI pela Petrobras foi o tema da conversa desta quinta-feira, 18/5, que Pedro Shinzato, consultor de petróleo da StoneX, participou em live promovida pela EPBR. Junto a ele, estavam Sergio Araujo, presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), e Carla Ferreira, pesquisadora do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo (Ineep).
De acordo com Shinzato, o PPI, apesar de ser anunciado de forma repentina, não foi uma surpresa. “O mercado financeiro reagiu de forma positiva porque percebeu isso de forma menos intervencionista do que se imaginava. O fato relevante foi muito vago e deixa espaço para interpretação, o que impacta a questão da transparência”, declarou Shinzato. “A proposta é que o PPI continue influenciando a política de preços da Petrobras, porém não de forma direta, como estava até então”.
O executivo ainda afirmou que o fim do PPI também pode impactar a concorrência no mercado brasileiro de combustíveis, pois, quando todas as empresas se baseiam nele, os preços acabam ficando semelhantes, deixando esse mercado mais homogêneo. “No entanto, o fim do PPI, ao mesmo tempo em que pode aumentar a competitividade, faz com que os investidores retirem investimentos – em refino, em logística, em infraestrutura, em produção de energias limpas – por conta do fato de haver menos transparência na prática de preços de derivados fósseis”.
Ao finalizar, Shinzato enfatizou que, apesar dos benefícios a curto prazo do fim do PPI, os reflexos a longo prazo podem não ser muito favoráveis por conta da fuga de investimentos motivada pelo fato dos investidores não considerarem transparente a nova política de preços. “Isso força a empresa a arcar com altos custos, como infraestrutura e logística de distribuição. Ou seja, por mais que a curto prazo isso signifique insumos mais baratos, a longo prazo pode refletir em custos mais onerosos”, finalizou.
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