Preços do petróleo sobem com ameaça da Rússia após mínima de 7 meses
Por Scott DiSavino
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo subiram cerca de 1% nesta quinta-feira, depois de caírem para uma mínima de sete meses na sessão anterior, já que alguns traders técnicos compraram contratos e a Rússia ameaçou interromper as exportações de óleo e gás para alguns compradores.
O Brent subiu 1,15 dólar, ou 1,3%, para 89,15 dólares o barril, enquanto o petróleo WTI, dos EUA, avançou 1,60 dólar, ou 2,0%, para 83,54 dólares. Na quarta-feira, ambos os benchmarks caíram mais de 5% para fechar em seus níveis mais baixos desde meados do final de janeiro.
Esse aumento de preço ocorreu a despeito de uma alta surpreendente nos estoques de petróleo dos EUA, notícias de que os Estados Unidos estavam avaliando a necessidade de mais liberações de óleo de reservas estratégicas e preocupações com as extensões de bloqueio pela Covid-19 da China, além do aumento das taxas de juros globais, que deve desacelerar a atividade econômica e atingir a demanda de combustível.
Os estoques de petróleo dos EUA aumentaram quase 9 milhões de barris na semana passada devido a uma combinação de aumento das importações e liberações contínuas das reservas de emergência do governo, disse a Administração de Informações sobre Energia nesta quinta-feira.
"A maior parte desse petróleo nessa construção de estoques veio da Reserva Estratégica de Petróleo. Quanto mais rápido esvaziarmos o SPR, maiores serão as quedas no futuro", disse Phil Flynn, analista do Price Futures Group.
A secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm, disse que o governo de Joe Biden está avaliando a necessidade de novas liberações de petróleo dos estoques de emergência do país.
Os preços também se apoiaram na ameaça do presidente russo, Vladimir Putin, de interromper as exportações de petróleo e gás se os preços máximos forem impostos pelos compradores europeus.
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