Preços do petróleo sobem mais de US$3/barril após navio encalhar no Canal de Suez
Por Laila Kearney
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo saltaram cerca de 6% nesta quarta-feira, após um navio encalhar no Canal de Suez, em incidente que gerou preocupações quanto aos embarques da commodity, dando impulso às cotações após uma sequência de quedas ao longo da última semana.
As referências do petróleo --o WTI, negociado nos Estados Unidos, e o Brent, que possui operações em Londres-- ampliaram ganhos após dados de estoque nos EUA mostrarem um novo avanço na atividade local de refino, sugerindo que as refinarias norte-americanas estão se recuperando da tempestade de inverno que afetou o Texas em fevereiro.
O petróleo Brent fechou em alta de 3,62 dólares, ou 6%, a 64,41 dólares por barril, após ter despencado 5,9% na sessão anterior. Já o petróleo dos EUA avançou 3,42 dólares, ou 5,9%, para 61,18 dólares o barril --na véspera, o contrato cedeu 6,2%.
Os ganhos pareceram estabilizar o mercado, que vinha em queda desde o início deste mês, quando os preços atingiram os maiores níveis deste ano por expectativas de recuperação de demanda. Desde então, porém, essas esperanças foram frustradas, com países europeus voltando ao regime de lockdown para conter uma nova onda da pandemia de coronavírus.
No Canal de Suez, dez rebocadores tentavam para liberar um dos maiores navios de contêineres do mundo, que encalhou no local e bloqueia a passagem há mais de um dia, disse a empresa de serviços marítimos GAC.
"Esse é um daqueles fatores coringas que são únicos para a indústria do petróleo", disse Bob Yawger, do Mizuho. "Quando você acha que tem tudo resolvido, posso te garantir uma coisa: você não tem."
(Reportagem adicional de Alex Lawler, Yuka Obayashi e Jessica Resnick-Ault)
0 comentário
Petrobras propõe investimentos de US$111 bi em plano 2025-29, com alta de 9%
Preços do petróleo sobem com paralisação do campo Sverdrup e escalada da guerra na Ucrânia
Etanol e gasolina sobem, enquanto diesel mostra queda, aponta levantamento Veloe
Opep corta novamente previsões de crescimento da demanda de petróleo para 2024 e 2025
Petróleo cai em meio à decepção com estímulo chinês
Petrobras vê possibilidade de distribuir dividendos extraordinários neste ano, diz CFO