Preço do petróleo sobe 2% com interrupções de produção nos EUA por tempestade
Os preços do petróleo avançaram nesta terça-feira, com a aproximação de uma tempestade forçando empresas a interromper parte da produção na área do Golfo do México controlada pelos Estados Unidos, embora a crescente contagem de casos de coronavírus no mundo e o aumento da oferta da commodity na Líbia tenham limitado os ganhos.
Companias como BP, Chevron, Shell e Equinor evacuaram plataformas ou fecharam instalações nos EUA. Até agora, os produtores interromperam 16% do bombeamento de petróleo, o equivalente a 294 mil barris por dia (bpd), por causa do Zeta --que era classificado como furacão na véspera, mas enfraqueceu para tempestade tropical nesta terça-feira, segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês).
O petróleo Brent fechou em alta de 0,75 dólar, ou 1,9%, a 41,21 dólares por barril, enquanto o petróleo dos EUA (WTI) avançou 1,01 dólar, ou 2,6%, para 39,57 dólares o barril. Ambos os contratos haviam recuado mais de 3% na segunda-feira.
No entanto, a alta nos preços induzida pela tempestade deve ter vida curta, uma vez que o aumento no número de casos de coronavírus tende a fazer com que a demanda volte a enfraquecer.
"Há muitos pontos fracos... Não existe vacina, não há estímulos, temos a possibilidade muito real de uma eleição contestada (nos EUA) nos próximos dias, e há um mercado de ações que não responderá positivamente a isso", disse Bob Yawger, diretor de Futuros de Energia do Mizuho.
Enquanto isso, a produção da Líbia deve avançar para 1 milhão de bpd nas próximas semanas, dificultando os esforços de outros membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados para restringir a oferta da commodity.
0 comentário
Petrobras propõe investimentos de US$111 bi em plano 2025-29, com alta de 9%
Preços do petróleo sobem com paralisação do campo Sverdrup e escalada da guerra na Ucrânia
Etanol e gasolina sobem, enquanto diesel mostra queda, aponta levantamento Veloe
Opep corta novamente previsões de crescimento da demanda de petróleo para 2024 e 2025
Petróleo cai em meio à decepção com estímulo chinês
Petrobras vê possibilidade de distribuir dividendos extraordinários neste ano, diz CFO