Preços do petróleo caem 3% com novo avanço da Covid-19 e retomada de oferta da Líbia
Por Stephanie Kelly
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo recuaram mais de 3% nesta segunda-feira, ampliando as perdas registradas na semana passada, diante da alta contínua no número de casos de coronavírus nos Estados Unidos e Europa e dos temores de sobreoferta causados pelo aumento da produção de petróleo na Líbia.
No sábado, os EUA registraram a maior contagem de novos casos de coronavírus em dois dias até este momento da pandemia, enquanto o número diário de infecções na França atingiu um recorde de mais de 50 mil no domingo. Itália e Espanha impuseram novas restrições para conter o vírus.
"É uma segunda-feira sombria no mercado de petróleo", disse Bjornar Tonhaugen, diretor de Mercados de Petróleo da Rystad Energy. "Nós alertávamos há bastante tempo que uma 'segunda onda' de medidas rígidas de restrições contra o coronavírus poderia ser imposta, e agora isso está acontecendo de verdade."
O petróleo Brent fechou em queda de 1,31 dólar, ou 3,1%, a 40,46 dólares por barril. O petróleo dos EUA (WTI) recuou 1,29 dólar, ou 3,2%, para 38,56 dólares o barril. Ambos os contratos cederam cerca de 2,5% na semana passada.
Além disso, a National Oil Corp (NOC), da Líbia), encerrou nesta segunda-feira a força maior do restante das instalações que ficaram fechadas por oito meses em meio a um bloqueio de forças do leste às exportações de petróleo do país.
"A última coisa que o mercado precisa neste momento é de mais oferta", afirmou Warren Patterson, chefe de estratégias em commodities do ING.
(Reportagem de Stephanie Kelly, em Nova York, com reportagem adicional de Bozorgmehr Sharafedin, em Londres, e Aaron Sheldrick, em Tóquio)
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