Milho fecha segunda-feira subindo até 2% na B3 com apoio do dólar e do porto
A segunda-feira (25) chega ao final com os preços futuros do milho se mantendo no campo positivo da Bolsa Brasileira (B3) ao longo de todo o pregão. As principais cotações subiram até 2,02% e flutuaram na faixa entre R$ 58,05 e R$ 65,89.
O vencimento novembro/23 foi cotado à R$ 58,05 com valorização de 2,02%, o janeiro/24 valeu R$ 62,00 com elevação de 1,56%, o março/24 foi negociado por US$ 65,80 com ganho de 1,23% e o maio/24 teve valor de R$ 65,89 com alta de 1,84%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as movimentações de alta do milho nesta segunda-feira acompanharam as flutuações cambiais com o dólar subindo ante ao real neste primeiro dia da semana.
“O dólar em alta puxa o milho, então está ajudando e tem muito fluxo no porto. Os prêmios do milho estão positivos de 70, 80 ou 90 centavos porque tem demanda e está tendo demanda para embarque nos próximos meses”, diz Brandalizze.
Nas quatro primeiras semanas de setembro o Brasil embarcou 6.600.887 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) para exportação, de acordo com o mais recente reporte da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Isso já representa 2,7% a mais do que o total exportado em setembro de 2022 (6.421.876 toneladas).
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Com isso, a média diária de embarques nestes 15 primeiros dias úteis ficou em 440.059,1 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa elevação de 43,9% com relação as 305.803,6 do nono mês de 2022.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve um primeiro dia da semana positivo. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações apenas em Sorriso/MT e São Gabriel do Oeste/MS. Já as valorizações apareceram nas praças de Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Eldorado/MS e Cândido Mota/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que a colheita da segunda safra e a semeadura da safra verão seguem avançando na maior parte das regiões brasileiras.
Pesquisadores do Cepea indicam que a comercialização do milho, contudo, se mantém lenta, com compradores priorizando a utilização dos estoques negociados antecipadamente.
“Os preços, por sua vez, vêm apresentando comportamentos distintos dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea. Enquanto nas praças produtoras de segunda safra e nas que possuem estoques elevados os valores do milho caem, nas regiões consumidoras e/ou que têm apenas plantio da safra verão, as cotações sobem”.
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro começaram a segunda-feira operando no campo negativo da Bolsa de Chicago (CBOT), mas ganharam força ao longo do dia e encerraram o primeiro pregão da semana contabilizando avanços.
O vencimento dezembro/23 foi cotado à US$ 4,81 com valorização de 4,00 pontos, o março/24 valeu US$ 4,95 com ganho de 3,75 pontos, o maio/24 foi negociado por US$ 5,04 com alta de 3,25 pontos e o julho/24 teve valor de US$ 5,08 com elevação de 3,00 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última sexta-feira (22), de 0,84% para o dezembro/23, de 0,61% para o março/24, de 0,60% para o maio/24 e de 0,59% para o julho/24.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho se beneficiaram de algumas compras técnicas no final da sessão de segunda-feira, com os traders avaliando a pressão da colheita contra uma das maiores vendas relâmpago já registradas.
Os exportadores privados anunciaram a venda de 65,4 milhões de bushels de milho ao México. Do total, 63% são para entrega durante a campanha em curso (que começou em 1º de setembro), sendo o restante para entrega em 2024/25.
A publicação ainda destaca que, antes do relatório de progresso da safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) desta tarde, os analistas esperam que a agência mantenha as classificações de qualidade do milho estáveis, com 51% da safra em condições boas a excelentes até 24 de setembro. até 17% até domingo, embora as estimativas comerciais individuais variassem entre 13% e 22%.
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