Milho: B3 acompanha Chicago e dólar para fechar 2ªfeira de desvalorização
A segunda-feira (18) chega ao final com os preços futuros do milho acumulando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações recuaram até 1,3% e flutuaram na faixa entre R$ 57,40 e R$ 65,29.
O vencimento novembro/23 foi cotado à R$ 57,40 com queda de 1,32%, o janeiro/24 valeu R$ 61,10 com desvalorização de 1,34%, o março/24 foi negociado por R$ 65,17 com baixa de 1,33% e o maio/24 teve valor de R$ 65,29 com perda de 1,15%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as cotações do milho na B3 acompanharam as pressões negativas da Bolsa de Chicago e do dólar recuando ante ao real nesta segunda-feira.
Nas duas primeiras semanas de setembro o Brasil embarcou 4.220.161,8 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) para exportação, de acordo com o mais recente reporte da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Isso já representa 65,7% do total exportado em setembro de 2022 (6.421.876 toneladas).
Com isso, a média diária de embarques nestes 10 primeiros dias úteis ficou em 422,016,2 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa elevação de 38% com relação as 305.803,6 do nono mês de 2022.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve trajetória negativa neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorização apenas em Sorriso/MT. Já as desvalorizações apareceram nas praças de Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Maracaju/MS, Eldorado/MS, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, produtores brasileiros seguem focados no campo, uma vez que a colheita do milho começou nos Estados Unidos e está sendo finalizada no Brasil, onde restam poucas áreas da segunda safra para serem colhidas.
“Nesse cenário, os preços do cereal apresentaram apenas leves variações no mercado doméstico na semana passada, segundo dados levantados pelo Cepea. Quanto às negociações, consumidores têm realizado suas aquisições de forma pontual, visto que parte deles ainda conta com o produto estocado. Já do lado vendedor, agentes consultados pelo Cepea têm dado preferência às comercializações nos portos devido à demanda internacional estar aquecida, o que tem elevado os valores praticados nessas regiões”.
Mercado Externo
As movimentações negativas também marcaram presença na Bolsa de Chicago (CBOT), com os preços internacionais do milho recuando nesta segunda-feira.
O vencimento dezembro/23 foi cotado à US$ 4,71 com desvalorização de 4,75 pontos, o março/24 valeu US$ 4,85 com queda de 4,75 pontos, o maio/24 foi negociado por US$ 4,94 com baixa de 4,50 pontos e o julho/24 teve valor de US$ 4,99 com perda de 4,75 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última sexta-feira (15), de 1,05% para o dezembro/23, de 1,02% para o março/24, de 1% para o maio/24 e de 0,80% para o julho/24.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho caíram acentuadamente no início da sessão de segunda-feira, antes de se estabilizarem, com perdas de cerca de 1%.
“Antes do relatório de progresso da próxima safra do USDA, divulgado na tarde de segunda-feira, os analistas esperam que o ritmo da colheita de milho passe de 5% há uma semana para 10% até 17 de setembro. Os analistas também esperam ver as classificações de qualidade caírem outro ponto, com 51% de a colheita em condições boas a excelentes até domingo”, destaca BenPotter, analista da Farm Futures.
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