B3 acompanha Chicago e encerra terça-feira recuando
A terça-feira (25) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 57,38 e R$ 68,21.
O vencimento setembro/23 foi cotado à R$ 57,38 com desvalorização de 1,36%, o novembro/23 valeu R$ 61,40 com perda de 1,11%, o janeiro/24 foi negociado por R$ 65,05 com queda de 0,21% e o março/24 teve valor de R$ 68,21 com baixa de 019%.
Os contratos do cereal brasileiro operaram no campo negativo ao longo de todo o dia seguindo as movimentações da Bolsa de Chicago.
A Agrinvest destaca que a comercialização do milho segue lenta no Brasil, com predominância de negócios voltados para a soja.
“As vendas de soja ainda predominam, mesmo com o avanço da colheita da safrinha, que já chega em 48%. O ritmo de comercialização da semana passada ficou em 1,5 milhão de toneladas, contra 400 mil toneladas de uma semana antes e 350 mil de duas semanas atrás. Essas vendas foram estimuladas pela melhora dos níveis de preços, aumentando o interesse do lado vendedor”, detalha a consultoria.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou altas e baixas neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Eldorado/MS e Cândido Mota/SP. Já as valorizações apareceram em Castro/PR, Rio do Sul/SC, Sorriso/MT, Oeste da Bahia e Campinas/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “com a valorização dos cereais no mercado externo, o milho passou por alta no mercado físico brasileiro e voltou a ser comercializado na média de R$ 55,00/sc em Campinas/SP”.
Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve uma terça-feira de poucas negociações. “Tanto os consumidores como produtores se encontram cautelosos na comercialização, de olho nos preços internacionais do cereal”.
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Segundo a SAFRAS Consultoria, consumidores e produtores estiveram cautelosos nas negociações. “As atenções estão voltadas para o forte movimento dos futuros do milho na Bolsa de Chicago e para a paridade de exportação. A escalada das tensões entre Rússia e Ucrânia trazem apreensão para o trigo e milho no mercado mundial. Pelo movimento da Bolsa de Chicago, o mercado esperava mais dos preços de porto”.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também encerraram a terça-feira com movimentações no campo negativo da Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento setembro/23 foi cotado à US$ 5,57 com queda de 3,00 pontos, o dezembro/23 valeu US$ 5,65 com desvalorização de 3,00 pontos, o março/24 foi negociado por US$ 5,75 com perda de 2,75 pontos e o maio/24 teve valor de US$ 5,80 com baixa de 2,75 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última segunda-feira (24), de 0,54% para o setembro/23, de 0,53% para o dezembro/23, de 0,52% para o março/24 e de 0,51% para o maio/24.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho sofreram perdas de dois dígitos durante a noite, mas conseguiram recuperar a maior parte disso durante a sessão de terça-feira. Ainda assim, os preços terminaram cerca de 0,5% mais baixos em algumas vendas técnicas líquidas.
“O setor de grãos e oleaginosas ficou sob pressão durante a noite, quando a Rússia optou por não continuar seu bombardeio noturno da infraestrutura de exportação da Ucrânia, pelo menos na noite passada. A expectativa geral é de que haverá mais greves, embora apenas a Rússia saiba até que ponto”, relatou Arlan Suderman, economista chefe de commodities da StoneX.
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