Dólar e Chicago pressionam quedas do milho na B3 nesta 2ªfeira

Publicado em 28/11/2022 17:30
Chicago se movimentou pouco olhando a China

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A segunda-feira (28) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 90,25 e R$ 93,46. 

O vencimento janeiro/23 foi cotado à R$ 90,25 com queda de 0,11%, o março/23 valeu R$ 93,46 com perda de 0,01%, o maio/23 foi negociado por R$ 92,53 com baixa de 0,20% e o julho/23 teve valor de R$ 90,31 com desvalorização de 0,38%. 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 está caindo em função de Chicago mais fraca e do dólar recuando ante ao real. 

“Os dois formadores do milho estão em queda. Além disso, hoje foi um dia que pouco se movimentou, o que pressionou um pouco e levou à liquidação na B3 neste momento”, explica Brandalizze. 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho se movimentou pouco neste primeiro dia da semana, mas mais subiu do que caiu. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização apenas em Brasília/DF. Já as valorizações apareceram em Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Amambai/MS e Oeste da Bahia 

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira 

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “no mercado físico do milho, o cereal teve dificuldades em sustentar o preço na sexta-feira e voltou a ser comercializado na média de R$ 85,50/sc em Campinas/SP”. 

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, enquanto as negociações nos portos seguem intensas desde o início deste mês, impulsionadas pela maior demanda externa, no interior do País, a liquidez tem sido baixa.  

“Isso porque, atentos às valorizações nos portos e à espera de novas altas nos preços, agricultores priorizam as vendas ao mercado externo e limitam a disponibilidade no spot nacional. Esse cenário, somado à maior presença de compradores, vem elevando os valores do milho. A demanda mais aquecida nos portos brasileiros ocorre mesmo em período de colheita nos Estados Unidos. Assim, a maior procura externa é influenciada pela oferta global enxuta, tendo em vista problemas climáticos no Hemisfério Norte, que reduziram a oferta, e o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, que resulta em limitações da logística no Mar Negro”.  

A publicação aponta também que, “por sua vez, os estoques brasileiros confortáveis e a expectativa de safra verão volumosa estimulam produtores a negociarem o milho para exportação. Com isso, até a terceira semana de novembro (considerando-se 12 dias úteis), os embarques brasileiros já superaram o volume escoado em todo o mês de novembro do ano anterior”. 

Mercado Externo 

Já Bolsa de Chicago (CBOT), que também abriu o dia recuando, se equilibrou mais ao longo da segunda-feira e encerrou as atividades com movimentações próximas da estabilidade e em campo misto para os preços internacionais do milho futuro. 

O vencimento dezembro/22 foi cotado à US$ 6,68 com alta de 0,75 pontos, o março/23 valeu US$ 6,71 com estabilidade, o maio/23 foi negociado por US$ 6,69 com perda de 0,25 pontos e o julho/23 teve valor de US$ 6,64 com estabilidade. 

Esses índices representaram estabilidade, com relação do fechamento da última sexta-feira (25), para o dezembro/22, para o março/23 e para o julho/23, além de baixa de 0,15% para o maio/23. 

Segundo informações do site internacional Successful Farming, Al Kluis, da Kluis Commodity Advisors, disse que os casos de COVID estão aumentando na China e isso é visto como uma má notícia para os mercados de energia e grãos.   

“Protestos eclodiram na semana passada contra a política de COVID-zero da China depois que 10 pessoas morreram em um incêndio em um apartamento na cidade de Urumqi. Especula-se que os bloqueios do COVID impediram as pessoas de sair, mas as autoridades negam a afirmação. A polícia está agora presente e revistando pessoas em locais de protesto em Xangai e Pequim”, pontua a publicação.   

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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