Milho sobe na B3 com porto e exportação dando sustentação nesta 6ªfeira
A sexta-feira (18) chega ao final com os preços futuros do milho se sustentando movimentações positivas nas Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 89,15 e R$ 92,05.
O vencimento janeiro/23 foi cotado à R$ 89,15 com alta de 1,41%, o março/23 valeu R$ 92,34 com ganho de 1,19%, o maio/23 foi negociado por R$ 92,05 com valorização de 1,43% e o julho/23 teve valor de R$ 90,54 com elevação de 0,77%.
Na comparação semanal, os contratos do cereal brasileiro acumularam queda de 1,09% para o novembro/22, mas valorizações de 2,29% para o janeiro/23, de 2,10% para o março/23 e de 2,21% para o maio/23, em relação ao fechamento da última sexta-feira (11).
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 está em alta e o mercado brasileiro de porto varia de R$ 93,00 a R$ 95,00, se mantando em boas condições e podendo até pagar um pouco a mais.
“O mercado do milho para março tem interesse de compra no porto de Rio Grande na faixa de R$ 100,00 com boas cotações para a safra nova”, diz.
Para 2023, a StoneX estima que o Brasil irá produzir 28,6 milhões de toneladas de milho na primeira safra que está sendo plantada, e mais 99,1 milhões de toneladas na safrinha, volume que seria recorde para o país.
Segundo o analista de inteligência de mercado da StoneX, João Pedro Lopes, mesmo com este aumento de oferta para o próximo ano, as cotações de cereal brasileiro devem permanecer sustentadas diante das dificuldades do mercado internacional.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou mais altas do que baixas. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, identificou desvalorização apenas nas praças de Castro/PR e Machado/MG. Já as valorizações apareceram em Londrina/PR, Cascavel/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Eldorado/MS, Amambai/MS, Cândido Mota/SP, Itapetininga, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “a combinação de CBOT em alta e forte valorização do dólar interrompeu o movimento de quedas da saca em Campinas/SP que voltou aos níveis de R$84,00/sc impulsionado pela exportação”.
A SAFRAS & Mercado acredita que, o mercado brasileiro de milho manteve um cenário de negócios travados ao longo da semana, com os produtores voltando a reduzir as fixações de venda do cereal, observando o comportamento do câmbio.
Segundo a consultoria, “a alta do dólar frente ao real, por conta das incertezas em torno da economia, contribuiu para fortalecer os preços no porto e, por consequência, para sustentar as cotações no cenário doméstico. Os consumidores até abriram mais consultas de preço visando aquisições ao longo da semana, mas seguem demandando poucos volumes no cenário doméstico, em meio à grande diferença spread entre os valores de intenção de compra e de venda do cereal”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou as atividades do último dia da semana contabilizando movimentações positivas para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento dezembro/22 foi cotado à US$ 6,67 com alta de 0,25 pontos, o março/23 valeu US$ 6,70 com ganho de 1,00 ponto, o maio/23 foi negociado por US$ 6,68 com elevação de 0,75 pontos e o julho/23 teve valor de US$ 6,62 com valorização de 1,00 ponto.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da quinta-feira (17), de 0,15% para o março/23, de 0,15% para o maio/23 e de 0,15% para o julho/23, além de estabilidade para o dezembro/22.
Na comparação semanal, os contratos do cereal norte-americano acumularam ganhos de 1,37% para o dezembro/22, de 1,06% para o março/23, de 0,91% para o maio/23 e de 0,61% para o julho/23, em relação ao fechamento da última sexta-feira (11).
Segundo Vlamir Brandalizze, o passou por correções técnicas hoje em Chicago, mesmo com o corredor de exportações na Ucrânia fluindo e liquidando ao longo da semana juntamente com o trigo.
“O milho poderia até estar em queda porque o petróleo está em queda forte e o milho tem uma dependência do petróleo por causa do etanol. Mas o milho está barato, o pessoal vê que milho na faixa de US$ 6,60 é barato para o consumidor e, automaticamente se sustenta”, explica Brandalizze.
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