Milho: B3 fecha a 6ªfeira levemente mais alta, mas ainda acumula perda semanal
A sexta-feira (02) chega ao final com os preços futuros do milho se sustentando em posições levemente positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 87,78 e R$ 95,85.
O vencimento setembro/22 foi cotado à R$ 84,78 com elevação de 0,09%, o novembro/22 valeu R$ 88,95 com valorização de 0,25%, o janeiro/23 foi negociado por R$ 93,10 com alta de 0,13% e o março/23 teve valor de R$ 95,85 com ganho de 0,21%.
Já na comparação semanal, o preço do cereal brasileiro acumulou desvalorização de 2,38% para o setembro/22, de 1,33% para o novembro/22, de 0,95% para o janeiro/23 e de 1,03% para o março/23, em relação ao fechamento da última sexta-feira (26).
Para o analista da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os portos brasileiros seguem trabalhando entre R$ 92,00 e R$ 96,00, com muitos vendedores querendo os R$ 100,00, mas ainda sem chegar neste patamar.
“Essa foi uma semana de poucos negócios. Estamos fechando a colheita da safrinha em uma semana que seria de negociar 3 milhões de toneladas, mas vamos ficar com 1 milhão, com todos os negócios ligados à exportação. Ainda não existe aquela corrida de venda”, diz Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também mais subiu do que caiu neste último dia da semana. O lenvamento da equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações em Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Itapetininga/SP e Campinas/SP. Já as valorizações apareceram nas praças de Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Castro/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Dourados/MS e Eldorado/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “mesmo com grandes estoques do cereal devido a parte final da colheita do milho 2ª safra, a forte demanda pelo produto brasileiro junto ao avanço da moeda americana vêm sustentando a cotação da saca acima de R$ 83,50 em Campinas/SP”.
Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve preços firmes no mês de agosto. “A oferta foi mais controlada pelos produtores de milho e as exportações foram destaque. As vendas externas garantem um melhor escoamento da safrinha e as cotações acabam sustentadas nas principais praças”.
A SAFRAS Consultoria destaca que o quadro brasileiro prossegue com um grande volume de milho de safrinha estocado nos armazéns e aguardando preços melhores para venda. A variável exportação continua pesando na composição dos preços internos, comenta o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) finalizou a sexta-feira contabilizando movimentações altistas para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento setembro/22 foi cotado à US$ 6,69 com valorização de 10,75 pontos, o dezembro/22 valeu US$ 6,65 com alta de 7,75 pontos, o março/23 foi negociado por US$ 6,71 com ganho de 7,50 pontos e o maio/23 teve valor de US$ 6,72 com elevação de 6,50 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação do fechamento da última quinta-feira (01), de 1,67% para o setembro/22, de 1,06% para o dezembro/22, de 1,21% para o março/23 e de 0,90% para o maio/23.
Na comparação semanal, o preço do cereal norte-americano acumulou altas de 0,15% para o setembro/22, de 0,15% para o dezembro/22, de 0,30% para o março/23 e de 0,30%, em relação ao fechamento da última sexta-feira (26).
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho dos Estados Unidos subiram nesta sexta-feira em uma recuperação curta antes de um feriado de três dias nos Estados Unidos, liderados pela força do petróleo bruto e de outras commodities, à medida que os temores sobre a taxa de juros agressiva diminuíram.
“Um rali nas ações mundiais fracassou, mas o dólar afrouxou após dados que mostraram que o mercado de trabalho dos EUA está começando a afrouxar”, destacou Julie Ingwersen da Reuters Chicago.
“Os mercados mais amplos estão elevando na CBOT. Acho que estamos apenas vendo uma espécie de recuperação técnica depois de negociar em baixa no início desta semana”, disse Terry Reilly, analista sênior de commodities da Futures International em Chicago.
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