Mercado realiza lucros e milho fecha a 2ªfeira com Bolsas em campo misto
A segunda-feira (07) chega ao final com os preços futuros do milho flutuando em campo misto na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações ainda ficaram positivas e chegaram em até R$ 105,00.
O vencimento março/22 era cotado à R$ 101,90 com queda de 0,49%, o maio/22 valia R$ 105,37 com elevação de 0,95%, o julho/22 tinha valor de R$ 99,59 com alta de 0,79% e o setembro/22 tinha valor de R$ 99,24 com ganho de 1,34%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os mercados seguem ainda firmes com o porto de Rio Grande com chances de pagar ainda R$ 109,00 a saca da exportação e a oferta limitada no país.
“Automaticamente, o milho segue, conforme a B3 aponta, mais de R$ 100,00 para a indústria de ração no momento de pouca oferta no mercado”, diz.
Brandalizze ainda aproveita para aconselhar os produtores brasileiros. “Muita atenção para não deixar o cavalinho passar. Quando vier uma super safrinha o mercado se acomoda, quando a guerra acabar por lá, Chicago também acomoda um pouco. Temos que estar preparados porque a guerra pode acabar de uma hora para outra e quando tiver uma ceno os mercados despencam rapidamente”.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho subiu neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou desvalorizações, mas percebeu valorizações em Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Ponta Grossa/PR, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Rio do Sul/SC, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Brasília/DF, Dourados/MS, Eldorado/MS, Amambai/MS, Oeste da Bahia, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
A AgRural estima em 81% o plantio da segunda safra de milho no Brasil contra 64% da semana anterior e 54% da safra passada neste mesmo período do ano. “As condições climáticas até aqui são favoráveis, de um modo geral, e áreas que estavam secas e com dificuldade de avanço na semeadura receberam chuvas muito bem-vindas na semana passada”, explica.
Somente no Mato Grosso, a semeadura já avançou para 94,08%, conforme relatado pelo Imea Já no Oeste do Paraná, alguns produtores vão optar por não arriscar o cultiva da safrinha neste ano.
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De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “a influência externa força valorizações tanto no mercado físico quanto futuro do milho”.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, os preços do milho voltaram a subir nos mercados interno e externo na última semana. “No Brasil, após o recesso de carnaval, compradores retornaram ao spot com o objetivo de recompor parte dos estoques”.
No entanto, segundo colaboradores do Cepea, vendedores seguiram retraídos, focados na colheita da safra verão e no aguardo de novas valorizações para então negociar o cereal.
“Nos Estados Unidos, as altas estiveram atreladas ao conflito entre Rússia e Ucrânia, dois importantes produtores e exportadores mundiais de milho. Com as exportações ucranianas interrompidas, as incertezas quanto ao abastecimento global cresceram. Além disso, o atual cenário pode atrapalhar a semeadura da nova safra na Ucrânia, prevista para ser iniciada em abril”.
De 25 de fevereiro a 4 de março, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas/SP) subiu 0,83%, fechando a R$ 98,15/saca de 60 kg na sexta-feira, 4. Na Bolsa de Chicago (CME Group), os vencimentos voltaram a superar os US$ 7/bushel na terça-feira, 1º, patamar observado em maio/21. No mercado futuro brasileiro, os movimentos também são de alta, mesmo diante da colheita no Sul do País.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também perdeu força ao longo desta segunda-feira e os preços internacionais do milho futuro passaram a operar em campo misto.
O vencimento março/22 era cotado à US$ 7,49 com perda de 7,25 pontos, o maio/22 valia US$ 7,50 com queda de 3,50 pontos, o julho/22 tinha valor de US$ 7,27 com alta de 6,00 pontos e o setembro/22 tinha valor de US$ 6,74 com elevação de 12,75 pontos.
Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (04), de 0,93% para o março/22 e de 0,53% para o maio/22, além de ganhos de 0,83% para o julho/22 e de 1,97% para o setembro/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho estavam mais fracos, diminuindo em relação à alta de 9 anos e meio atingida na sexta-feira, após algumas chuvas nas principais áreas de cultivo da América do Sul.
O site internacional Successful Farming destaca também que, “a obtenção de lucros está impulsionando parte da queda nos futuros de milho hoje”, diz Don Roose, da US Commodities em West Des Moines.
Além disso, a Casa Branca está sob pressão para enfraquecer o Padrão de Combustíveis Renováveis por causa da pressão política sobre o milho usado para etanol e seu efeito sobre os preços da carne.
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