Milho se valoriza na B3 em segunda-feira de correções técnicas
A Bolsa Brasileira (B3) encerra as atividades desta segunda-feira (21) com os preços futuros do milho se sustentando no campo positivo das movimentações.
O vencimento março/22 foi cotado à R$ 97,14 com alta de 0,35%, o maio/22 valeu R$ 95,07 com valorização de 1,03%, o julho/22 foi negociado por R$ 89,63 com elevação de 0,79% e o setembro/22 teve valor de R$ 89,31 com ganho de 0,35%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 está sob correções técnicas, sem pressão de vendas, sem o suporte de Chicago e sem o comprador interessado e esperando a volta do feriado americano.
“Internamente também não tem muito movimento. Está colhendo ainda parte da safra de verão e a safrinha está sendo plantada na época certa, o que é bom para o potencial produtivo e para conseguir uma boa colheita”, diz.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho se movimentou pouco neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações em Pato Branco/PR e Amambai/MS. Já as desvalorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS e Palma Sola/SC.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
As informações da AgRural apontam que a colheita do milho verão 2021/22 chegou a 29% da área cultivada no Centro-Sul do Brasil, ante 22% em igual período do ano passado. Já o plantio da safrinha de milho 2022 alcançou 53% da área no Centro-Sul, ante 24% no mesmo período do ano passado.
Já para a SAFRAS & Mercado, a colheita da safra de verão 2021/22 no Brasil de milho atingia 34,3% da área estimada de 4,385 milhões de hectares até sexta-feira (18). Na semana anterior, o plantio era de 28,6%. No mesmo período do ano passado, a colheita atingia 28,8% da área estimada de 4,353 milhões de hectares da safra verão 2020/21. A média de colheita nos últimos cinco anos para o período é de 25,5%. Veja mais detalhes na tabela abaixo.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou que os preços do milho recuaram novamente no mercado brasileiro na última semana, influenciados sobretudo pela ausência de compradores.
Segundo colaboradores do Cepea, esses agentes buscam um direcionamento mais claro dos valores no médio prazo, o que, por sua vez, deve ser determinado pelo avanço da colheita da safra verão, por ajustes na produtividade e pelo desenvolvimento das lavouras de segunda safra.
“Por enquanto, a expectativa é de que, no curto prazo, a oferta seja limitada no spot nacional, devido ao baixo estoque de passagem e à quebra de produção da primeira safra – o que, inclusive, já tem limitado o recente movimento de desvalorização. Vale lembrar que os atuais valores do milho operam em patamares próximos aos verificados no início do segundo semestre de 2021, quando o clima desfavorável levou produtores a reduzirem a oferta”.
Entre 11 e 18 de fevereiro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas/SP) registrou queda de 0,58%, fechando a R$ 96,49/sc de 60 kg na sexta-feira, 18.
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