Milho registra fortes quedas na B3 e na CBOT nesta terça-feira
A terça-feira (15) chega ao final com os preços futuros do milho caindo forte na Bolsa Brasileira (B3) ao longo de todo o pregão.
O vencimento março/22 foi cotado à R$ 97,05 com perda de 2,31%, o maio/22 valeu R$ 94,60 com baixa de 2,01%, o julho/22 foi negociado por R$ 89,20 com desvalorização de 2,60% e o setembro/22 teve valor de R$ 89,15 com queda de 2,10%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as cotações estão pressionadas no Brasil seguindo as movimentações de Chicago e o dólar em baixa ante ao real.
“O mercado de porto hoje fala em R$ 82,00 para exportação de agosto, então os bons momentos estão passando. O milho vai continuar com cotações boas, R$ 80,00 na exportação é cotação boa, mas estávamos acostumados com milho de R$ 95,00 ou R$ 100,00”, pontua.
Brandalizze destaca ainda que a safra de verão está sendo colhida e a segunda safra está sendo plantada com chuvas para uma boa arrancada da safrinha. “Automaticamente não tem preocupação do grande consumidor de ração”.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também registrou mais quedas do que altas neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, encontrou valorizações apenas em Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT e Dourados/MS. Já as desvalorizações apareceram em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Castro/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, São Gabriel do Oeste/MS, Eldorado/MS e Cândido Mota/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o alívio das tensões geopolíticas com o recuo da Rússia, a queda do dólar, as condições de plantio e desenvolvimento da safrinha podem influenciar nas tentativas de venda do milho nos próximos dias. Uma vez que o mercado estava travado e o comprador negocia apenas em patamares menores em São Paulo”.
A análise da Agrifatto Consultoria ainda completa que, “com sinalização de melhora da oferta e pouco interesse do comprador a saca em Campinas/SP recua para R$ 96,00/sc”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também teve uma terça-feira negativa para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento março/22 foi cotado à US$ 6,38 com desvalorização de 17,75 pontos, o maio/22 valeu US$ 6,37 com baixa de 17,75 pontos, o julho/22 foi negociado por US$ 6,33 com perda de 16,75 pontos e o setembro/22 teve valor de US$ 6,00 com queda de 10,75 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última segunda-feira (14), de 2,60% para o março/22, de 2,75% para o maio/22, de 2,62% para o julho/22 e de 1,80% para o setembro/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho da Bolsa de Chicago caíram nesta terça-feira, com o anúncio de Moscou de que algumas de suas tropas estavam retornando à base depois que os exercícios reduziram os temores dos investidores de uma invasão russa da Ucrânia que poderia interromper os fluxos de exportação do Mar Negro.
“A Rússia disse que algumas unidades militares retornarão às suas bases após exercícios perto da Ucrânia, ao mesmo tempo em que indicou que o diálogo continuará com o Ocidente sobre questões de segurança”, diz Christopher Walljasper da Reuters Chicago.
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