Milho recua na B3 nesta 4ªfeira com avanço do plantio da safrinha
A quarta-feira (02) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3)
O vencimento março/22 foi cotado à R$ 97,20 com queda de 1,17%, o maio/22 valeu R$ 94,50 com desvalorização de 1,95%, o julho/22 foi negociado por R$ 90,00 com baixa de 1,32% e o setembro/22 teve valor de R$ 88,80 com perda de 1,33%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 já está de olho nos produtores que estão plantando a segunda safra de milho com projeção de recorde histórico de área semeada.
“A B3 já não consegue mais avançar a furar os R$ 100,00, mesmo que o mercado doméstico no Rio Grande do Sul esteja ao redor dos R$ 99,00 para o comprador e de R$ 103,00 a R$ 105,00 para os vendedores”, pontua Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho se movimentou pouco nesta quarta-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização apenas na praça do Oeste da Bahia, e as valorizações apareceram somente em Brasília/DF e Amambai/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “nos últimos dias, temos verificado maior volume de ofertas do milho no mercado físico em Paraná, Goiás e algumas praças paulistas. No entanto, o comprador está calmo, sem pressa, o que tem travado em parte o ritmo dos negócios nestas regiões”.
A SAFRAS & Mercado relata que, o mercado brasileiro de milho segue pouco movimentado, com negócios regionalizados. “A oferta aumenta gradativamente conforme avança a colheita da safra verão nas principais regiões produtoras”, diz o analista Paulo Molinari.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) foi perdendo força ao longo desta quarta-feira e fechou o dia contabilizando flutuações negativas para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento março/22 foi cotado à US$ 6,22 com desvalorização de 12,25 pontos, o maio/22 valeu US$ 6,22 com perda de 11,50 pontos, o julho/22 foi negociado por US$ 6,17 com baixa de 10,75 pontos e o setembro/22 teve valor de US$ 5,83 com queda de 7,00 pontos.
Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última terça-feira (01), de 1,89% para o março/22, de 1,74% para o maio/22, de 1,75% para o julho/22 e de 1,19% para o setembro/22.
Segundo informações da Agência Reuters, o milho recuou à medida que traders de spread venderam contratos e compraram soja e o aumento dos estoques de etanol alimentaram preocupações sobre uma desaceleração na produção do biocombustível.
“No milho, estamos preocupados com o etanol. Os estoques subiram a níveis em que não temos certeza se temos muito mais armazenamento e o clima com neve pode não ajudar a demanda no curto prazo”, disse Ted Seifried, estrategista-chefe de agricultura do Zaner Group.
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