Milho: Chicago se recupera com exportações dos EUA e acumula ganho de quase 3% na semana
Os preços futuros do milho ganharam força ao longo desta sexta-feira (26) e encerram as atividades do último dia da semana apresentando movimentações em campo mista na Bolsa Brasileira (B3), mas ainda muito próximas da estabilidade.
O vencimento janeiro/22 foi cotado à R$ 88,90 com alta de 0,34%, o março/22 valeu R$ 89,00 com elevação de 0,34%, o maio/22 foi negociado por R$ 85,40 com perda de 0,18% e o julho/22 teve valor de R$ 82,11 com queda de 0,77%.
Na comparação semanal, os contratos do cereal brasileiro acumularam altas de 3,01% para o janeiro/22, de 3,13% para o março/22, de 1,79% para o maio/22 e de 0,48% para o julho/22, com relação ao fechamento da última sexta-feira (19).
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 sentiu a pressão dos preços do milho nos portos que foi reduzido para a faixa entre R$ 84,00 e R$ 86,00 acompanhando Chicago e o petróleo, mas ganharam apoio das altas do dólar ante ao real.
“Internamente o milho já vem parado, quase sem compradores e não tem muito como mudar. É um período que já vai para uma acomodação bem típica de final do ano do milho”, pontua.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também se movimentaram pouco neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações apenas em Tangará da Serra/MT e Campo Novo do Parecis/MT. Já as valorizações apareceram somente em Cascavel/PR, Maracaju/MS, Campo Grande/MS e Cândido Mota/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com a análise da Agrifatto Consultoria, “com mercado doméstico pouco ativo e exportadores aproveitando ‘caminho livre’, o preço da saca em Campinas/SP retoma os R$84,00/sc”.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) retomou os trabalhos após o feriado do Dia de Ação de Graças caindo 2% para os preços internacionais do milho futuro na abertura do pregão, mas ganhou força ao longo do dia e contabilizou flutuações positivas.
O vencimento dezembro/21 foi cotado à US$ 5,86 com valorização de 7,00 pontos, o março/22 valeu US$ 5,91 com ganho de 6,25 pontos, o maio/22 foi negociado por US$ 5,95 com alta de 5,50 pontos e o julho/22 teve valor de US$ 5,96 com elevação de 5,50 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última quarta-feira (23), de 1,21% para o dezembro/21, de 1,03% para o março/22, de 0,85% para o maio/22 e de 1,02% para o julho/22.
Na comparação semanal, os contratos do cereal brasileiro acumularam valorizações de 2,81% para o dezembro/21, de 2,43% para o março/22, de 2,41% para o maio/22 e de 2,41% para o julho/22, com relação ao fechamento da última sexta-feira (19).
Segundo informações da Agência Reuters, os preços das commodities caíram na sexta-feira, com a notícia de uma nova variante do COVID descoberta na África do Sul, derrubando os mercados de petróleo e ações, com movimentos exagerados pelo baixo volume de comércio de commodities de grãos e oleaginosas.
“Os preços do petróleo estão em baixa devido ao temor do retorno dos bloqueios globais. O desconhecido desta variante cria medo, que está sendo jogado nos mercados hoje”, disse Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da StoneX.
Por outro lado, as fortes vendas de exportação suavizaram o golpe, com o milho ficando positivo no final do comércio. “O milho foi isolado porque as vendas de exportação estavam em alta em um ano de comercialização e a China era o quarto comprador”, disse Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics.
As vendas de exportação de milho superaram as expectativas, com 1,429 milhão de toneladas vendidas, principalmente para o México e Canadá, um aumento de 58% em relação à semana anterior.
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