Milho: B3 se movimenta pouco com janela de negociação chegando perto do fim

Publicado em 11/10/2021 16:40
Chicago sobe pouco se preparando para novo relatório do USDA

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A segunda-feira (11) chega ao fim com os preços futuros do milho se mantendo próximos da estabilidade na Bolsa Brasileira (B3), com as principais cotações flutuando em campo misto fincado entre R$ 87,00 e R$ 89,00.

O vencimento novembro/21 foi cotado à R$ 88,83 com elevação de 0,26%, o janeiro/22 valeu R$ 88,80 com perda de 0,21%, o março/22 foi negociado por R$ 89,39 com ganho de 0,66% e o maio/22 teve valor de R$ 87,00 com queda de 0,34%.

O analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca que nesta véspera de feriado todas as cotações seguem abaixo do patamar de R$ 90,00.

“Vamos indo para o meio de outubro e as negociações do milho vão até final de outubro ou começo de novembro para os grandes consumidores e depois o mercado se acomoda. Com todas as chuvas e condições favoráveis para a safra de milho é mais uma pressão para o milho se acomodar”, pontua.

Brandalizze relata ainda que o mercado de porto hoje trabalha na faixa de R$ 85,00 a R$ 87,00 com a B3 já muito próxima deste balizador. “Então a B3 não cai abaixo deste nível de porto, mas também não mostra muito fôlego. As melhores cotações já passaram e o período de negociações vai passando”, diz o analista.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca do cereal também se movimentaram pouco neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas valorizações apenas em Pato Branco/PR. Já as desvalorizações apareceram em Ponta Grossa/PR, Palma Sola/SC, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT e Dourados/MT.

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira

De acordo com a análise da Agrifatto Consultoria, “os preços do cereal em Campinas/SP tiveram uma semana muito movimentada nos negócios do milho disponível com o mercado mais ofertado e no patamar de R$91,00 a saca”.

O reporte diário da Radar Investimentos acrescenta ainda que, “o aumento das chuvas trazem alívio por parte dos produtores. De acordo com dados da AgRural, até a última semana, o plantio da safra 21/22 atingiu 38% da área total estimada no Centro-Sul brasileiro. Essa parcela representa uma evolução semanal de 5 pontos percentuais”.

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que a retração de compradores manteve baixo o ritmo de negócios envolvendo o milho no mercado spot ao longo da semana passada. 

Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário, atrelado à melhora das condições climáticas para a safra verão, resultou em queda nos preços do cereal na maior parte das regiões acompanhadas pelo Centro de Pesquisas. 

Já nos portos de Santos (SP) e de Paranaguá (PR), apesar da baixa liquidez, os valores do milho subiram, sustentados pela valorização do dólar frente ao Real. 

Mercado Externo

Já os preços internacionais do milho futuro ficaram próximos da estabilidade durante a maior parte do dia na Bolsa de Chicago (CBOT) começando o dia positivos, perdendo força no meio do dia e recuperando as elevações no final das atividades.

O vencimento dezembro/21 foi cotado à US$ 5,33 com alta de 2,50 pontos, o março/22 valeu US$ 5,42 com elevação de 2,75 pontos, o maio/22 foi negociado por US$ 5,47 com ganho de 2,75 pontos e o julho/22 teve valor de US$ 5,48 com valorização de 3,00 pontos.

Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (08), de 0,57% para o dezembro/21, de 0,56% para o março/22, de 0,55% para o maio/22 e de 0,55% para o julho/22.

Segundo informações do site internacional Blog Price Group, o comércio de hoje está antecipando o relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que será divulgado na terça-feira.

“No relatório de amanhã, os rendimentos devem cair em relação à última estimativa do USDA e nenhuma ideia real de corte na demanda ainda, embora isso possa ocorrer em alguns meses”, diz o analista do PRICE Futures Group, Jack Scoville.

A Agência Reuters destaca também o papel do clima e do avanço na colheita norte-americana para formar os preços em Chicago. “As chuvas no meio-oeste dos EUA desaceleraram as colheitas de milho e soja, mas as previsões do tempo indicam dias mais secos até o final da semana, de acordo com meteorologistas do Commodity Weather Group”, pontua PJ Huffstutter da Reuters Chicago.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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