B3 segue sentindo mercado com mais milho e registra quedas nesta 5ªfeira
A quinta-feira (23) chega ao final com os preços futuros do milho se mantendo próximos da estabilidade e operando em campo negativo na Bolsa Brasileira (B3), com as principais cotações se posicionando entre R$ 88,00 e R$ 93,00.
O vencimento novembro/21 foi cotado à R$ 91,65 com perda de 0,62%, o janeiro/22 valeu R$ 93,27 com queda de 0,48%, o março/22 foi negociado por R$ 93,21 com baixa de 0,22% e o maio/22 teve valor de R$ 88,50 com desvalorização de 1,03%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado brasileiro vai seguindo a linha dos últimos dias, demonstrando que está sobrando milho no mercado nacional.
“Era um ano apertado de milho quando no começo do ano se esperava exportar 35 milhões de toneladas. Depois caiu para 27 milhões, para 23 e hoje os exportadores apontam que pode chegar à 18 milhões apenas. Como colhemos 60 milhões na safrinha e a demanda no segundo semestre é 40 milhões, sobraram 20 milhões que deveriam ser exportados. Isso foram cerca de 2 milhões que foram importados pelas grandes indústrias”, relata Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, os preços da saca de milho tiveram uma quinta-feira volátil, mas mais positiva do que negativa. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações apenas em Castro/PR, Brasília/DF, Luís Eduardo Magalhães/BA, Itapetininga/SP e Campinas/SP;
Já as valorizações foram contabilizadas nas praças de Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, São Gabriel do Oeste/MS, Eldorado/MS, Amambai/MS, Oeste da Bahia e Porto Paranaguá/PR.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o mercado físico do milho no Brasil tem tido recuo com as incertezas do apetite da China sobre as commodities, o recuo do dólar e a colheita norte-americana. Os compradores têm sinalizado algum conforto por parte dos estoques e compras, enquanto o produtor buscado mais fixações”.
A análise da Agrifatto Consultoria acrescenta ainda que, “a oferta do milho continua a sobressair diante da demanda do mercado, dando sequência a pressão baixista tanto no físico quanto nos futuros do cereal. Em Campinas/SP a saca está sendo comercializada na casa dos R$ 92,00/sc”
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro ganharam força ao longo da quinta-feira, se recuperaram dos recuos matutinos e fecharam o dia na Bolsa de Chicago (CBOT) operando na parte positiva da tabela.
O vencimento dezembro/21 foi cotado à US$ 5,29 com alta de 3,75 pontos, o março/22 valeu US$ 5,37 com valorização de 4,00 pontos, o maio/22 foi negociado por US$ 5,41 com ganho de 3,75 pontos e o julho/22 teve valor de US$ 5,40 com elevação de 3,75 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última quarta-feira (23), de 0,76% para o dezembro/21, de 0,75% para o março/22, de 0,74% para o maio/22 e de 0,75% para o julho/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho em Chicago subiram nesta quinta-feira apoiados nas altas do trigo e da aveia, que se fortaleceram mediante as preocupações com a oferta global e um mercado futuro de aveia se firmando sobre os suprimentos norte-americanos afetados pela seca.
Christopher Walljasper, da Reuters Chicago, ressalta que os futuros do milho se firmaram apesar do rápido progresso da colheita em grande parte do meio-oeste dos Estados Unidos.
“Tudo está começando a secar muito rápido agora. Eu não ficaria surpreso se tivesse clientes que terminassem com a colheita do milho até o dia 5 de outubro”, disse Mark Schultz, analista-chefe da Northstar Commodity.
Ainda nesta quinta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou seu novo relatório apontando vendas de exportação de milho em 373 mil toneladas, perto do limite inferior das expectativas do comércio, que giravam entre 300 mil e 800 mil toneladas.
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