Milho: B3 segue caindo nesta 4ªfeira com boas perspectivas para a safrinha
A quarta-feira (08) segue com tendência negativa para os preços futuros do milho na bolsa brasileira. As principais cotações caíam até 1,07% por volta das 12h08 (horário de Brasília).
O vencimento maio/20 era cotado à R$ 47,30 com queda de 0,63%, o julho/20 valia R$ 44,21 com perda de 0,76%, o setembro/20 era negociado por R$ 43,14 com baixa de 0,87% e o novembro/20 tinha valor de R$ 45,30 com desvalorização de 1,07%.
O analista de mercado da Céleres Consultoria, Anderson Galvão, acredita que os preços de milho no Brasil entraram em uma tendência de queda a partir de agora, e recomenda que os produtores procurem negociações neste momento para aumentar a liquidez e refazer o caixa pensando no planejamento das próximas safras.
Em seu boletim diário, a Radar Investimentos aponta que esta tendência de baixa nas cotações do milho ficou mais evidente nos últimos dias. “O aumento da disponibilidade do cereal vindo de algumas regiões, o alívio dos temores em relação ao novo Coronavírus no mundo e as boas condições para a safrinha são os fundamentos deste cenário”.
Mercado Externo
As altas dos preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT) duraram pouco tempo nesta quarta-feira (08). As principais cotações operavam no campo negativo com até 3,25 pontos por volta das 11h59 (horário de Brasília).
O vencimento maio/20 era cotado à US$ 3,28 com baixa de 3,00 pontos, o julho/20 valia US$ 3,34 com desvalorização de 3,25 pontos, o setembro/20 era negociado por US$ 3,39 com queda de 3,25 pontos e o dezembro/20 tinha valor de US$ 3,48 com perda de 3,00 pontos.
O milho futuro nos Estados Unidos abriu o dia estendendo os ganhos obtidos no fechamento do pregão de terça-feira após compras técnicas de pechinchas e estimulado por algumas poucas notícias positivas como quando o Tribunal de Apelações do 10º Circuito rejeitou um pedido das empresas de petróleo para apelar do julgamento de janeiro que limitava a autoridade da EPA de conceder isenções de mistura de biocombustíveis às refinarias, o que beneficiou o setor do etanol de milho americano.
Agora o mercado aguarda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgue os relatórios WASDE de abril na quinta-feira (09). O relatório da manhã apresentará uma visualização das estimativas mensais de oferta e demanda.
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WELLISTON FRANK TEIXEIRA DOUTOR CAMARGO - PR
Milho safrinha sofreu muito com a estiagem de mais de 20 dias, isso ocorreu na fase inicial e decisiva da planta, momento onde a planta define tamanho de espiga e número de fileiras de grãos, com isso, comprometeu-se muito o potencial produtivo. Não dá para fazer projeção de alta produtividade com esse cenário, rezar e torcer para que o clima seja propício daqui por diante, qualquer geada antecipada coloca o restante da safrinha a perder. Toda cautela é pouca para esse momento, onde os estoques de milho estão em níveis baixíssimos.