Milho fecha a sexta-feira com resultados mistos, mas acumula forte queda na semana e no mês
A sexta-feira (28) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro operando com resultados mistos na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações entre 0,25 pontos negativos e 2,00 pontos positivos ao longo do dia.
O vencimento março/20 foi cotado à US$ 3,66 com valorização de 2,00 pontos, o maio/20 valeu US$ 3,68 com alta de 0,25 pontos, o julho/20 foi negociado por US$ 3,72 com estabilidade e o setembro/20 teve valor de US$ 3,72 com queda de 0,25 pontos.
Esses índices representaram estabilidade, com relação ao fechamento da última quinta-feira, para o maio/20, para o julho/20 e para o setembro/20, além de ganho de 0,55% para o março/20.
Com relação ao fechamento da última sexta-feira (21), os futuros do milho acumularam desvalorizações de 2,92% para o março/20, de 3,16% para o maio/20, de 2,87% para julho/20 e de 2,62% para o setembro/20 na comparação dos últimos sete dias.
Já na comparação do mês, as cotações do milho em Chicago contabilizaram quedas de 3,94% para o março/20, de 4,66% para o maio/20, de 4,86% para julho/20 e de 3,88% para o setembro/20, na comparação com o último dia útil de janeiro.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho dos Estados Unidos caíram para novas baixas nesta sexta-feira, afundando pela sétima vez em oito pregões, com o aumento nos novos casos de coronavírus além da China e alimentados medos de uma pandemia.
“Há muito pânico por aí. Essa é a característica dominante nos mercados”, disse Terry Linn, analista da Linn & Associates.
A publicação ainda destaca que, os mercados mundiais de ações e petróleo bruto estavam caminhando para a pior semana desde a crise financeira de 2008, uma vez que os investidores continuavam preocupados com o risco de um coronavírus se tornar uma pandemia e desencadear uma recessão global. Países dos três continentes relataram os primeiros casos do coronavírus na sexta-feira, ressaltando o risco de que um surto iniciado na China cause perturbações no mundo todo.
“O fato de haver zero entregas para o milho e soja e números mínimos para os contratos de trigo mostra que, no momento, o mercado sente que o futuro não está muito caro em relação ao dinheiro”, disse Rich Nelson, estrategista-chefe da Allendale Inc.
Mercado Interno
No mercado físico brasileiro, a sexta-feira registrou cotações permanecendo sem movimentações, em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram registradas desvalorizações apenas em Castro/PR (1,08% e preço de R$ 46,00) e Brasília/DF (2,27% e preço de R$ 43,00).
Já as valorizações foram percebidas nas praças de Assis/SP (0,44% e preços de R$ 45,70), Campinas/SP (0,90% e preço de R$ 55,16), Dourados/MS (2,27% e preço de R$ 43,00), Rio do Sul/SC (2,27% e preço de R$ 45,00), Ubiratã/PR (2,44% e preço de R$ 42,00), Londrina/PR (2,44% e preço de R$ 42,00) e Cascavel/PR (2,44% e preço de R$ 42,00).
Veja mais cotações desta sexta-feira.
Em seu boletim diário, a Radar Investimentos apontou que o volume de negócios no mercado físico durante esta semana foi praticamente mínimo. “O estresse do dólar também foi refletido nas marcações a mercado dos preços do milho no Centro-Sul brasileiro”.
Relembre outras notícias desta semana sobre o milho:
>> USDA informa nova venda de milho para a Coréia do Sul
>> Milho: cotações continuam em alta em praticamente todas as regiões acompanhadas
>> Conab anuncia preços do primeiro leilão de milho do ano
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