Milho: sexta-feira recupera cotações em Chicago com altas maiores do que 3%
A sexta-feira (17) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro mais altos na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram ganhos entre 9,75 e 13,75 pontos ao longo do dia.
O vencimento março/20 foi cotado à US$ 3,89 com valorização de 13,75 pontos, o maio/20 valeu US$ 3,95 com elevação de 12,75 pontos, o julho/20 foi negociado por US$ 4,01 com alta de 12,00 pontos e o setembro/20 teve valor de US$ 4,00 com ganho de 9,75 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 3,73% para o março/20, de 3,40% para o maio/20, de 3,08% para o julho/20 e de 2,56% para o setembro/20.
Com relação ao fechamento da última sexta-feira (10), os futuros do milho acumularam ganhos de 1,04% para o março/20, de 0,77% para o maio/20 e de 0,50% para julho/20, além de estabilidade para o setembro/20, na comparação dos últimos sete dias.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho saltaram nesta sexta-feira e mais do que se recuperaram da queda registrada no dia anterior, impulsionada por uma mistura de cobertura curta e expectativas de aumento da demanda de exportação de suprimentos nos EUA.
“Os contratos futuros de milho recuperaram um dia depois que o contrato de março caiu para um mês em baixa, pois as dúvidas sobre a escala de compras chinesas de colheitas dos EUA sob um acordo comercial assinado em Washington nesta semana provocaram uma rodada de vendas”, comenta Julie Ingwersen da Reters Chicago.
A publicação destaca ainda que, o clima mudou na sexta-feira à medida que a quebra de preço inspirava um novo interesse de caçadores de pechinchas, que poderiam incluir exportadores, especuladores ocupando posições curtas e usuários domésticos como alimentadores de gado e suínos.
"Definitivamente, parece que está acontecendo uma pechincha. Os fundos supostamente compraram cerca de 15.000 contratos (futuros de milho CBOT)", disse Jack Scoville, analista do Price Futures Group em Chicago.
Os comerciantes continuaram ponderando as implicações do pacto comercial EUA-China desta semana. Na tão esperada conclusão de um acordo comercial da "Fase 1" com Washington na quarta-feira, Pequim se comprometeu a aumentar as compras de produtos agrícolas dos EUA em US $ 32 bilhões em dois anos.
No entanto, para a Reuters, a promessa da China de comprar produtos agrícolas dos EUA com base em "condições de mercado" alimentou o ceticismo de que as metas poderiam ser cumpridas.
“Algumas pessoas estão apenas tentando trabalhar com essa ideia de que a China retomará a compra de commodities americanas nas quais não estão realmente focadas por um tempo”, disse Terry Reilly, analista sênior da Futures International em Chicago.
De acordo com informações da Agrinvest, rumores no mercado dão conta de que a China estaria comprando milho americano, e isto também contribuiu para as altas de hoje.
Mercado Interno
No mercado físico brasileiro, a sexta-feira registrou cotações permanecendo sem movimentações, em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram registradas desvalorizações no Oeste da Bahia (1,02% e preço de R$ 48,50), Brasília/DF (2,22% e preço de R$ 44,00) e Campinas/SP (2,74% e preço de R$ 52,21).
Já as valorizações foram percebidas nas praças de Não-Me-Toque/RS (1,25% e preço de R$ 40,50), Panambi/RS (2,55% e preço de R$ 41,04) e Ponta Grossa/PR (9,52% e preço de R$ 46,00).
Veja mais cotações desta sexta-feira.
Em seu reporte diário, a Radar Investimentos apontou que a pressão negativa nos preços da soja em função da conclusão da primeira fase do acordo comercial entre EUA e China, também pode ser refletida nas cotações do milho. “A semana termina com os negócios no físico menos travados do que o início dela”.
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