Milho: Com influência da soja, milho fecha pregão desta 2ª feira em campo negativo na Bolsa de Chicago

Publicado em 26/11/2018 16:53

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A sessão desta segunda-feira (26) foi negativa aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity ampliaram as perdas durante o pregão e finalizaram o dia com desvalorizações de mais de 2 pontos. O vencimento dezembro/18 era cotado a US$ 3,56 por bushel e o março/19 trabalhava a US$ 3,68 por bushel.

Conforme informações da Reuters internacional, as cotações do cereal acompanharam a forte queda observada nos futuros da soja em Chicago. Por sua vez, a oleaginosa caiu mais de 2% nesse início de semana em meio à temores de enfraquecimento nas exportações diante da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou seu novo boletim de embarques semanais. Na semana encerrada no dia 22 de novembro, os embarques de milho somaram 1.117,580 milhão de toneladas.

O volume ficou levemente acima do esperado pelos participantes do mercado, entre 690 mil a 1,09 milhão de toneladas. No acumulado da temporada, os embarques do grão estão próximos de 13.101,805 milhões de toneladas, contra pouco mais de 7,2 milhões de toneladas registradas em igual período do ano anterior.

Os investidores ainda aguardam a atualização dos números da safra americana. Até a semana anterior, a colheita já estava completa em 90% da área semeada nesta temporada. A média dos últimos anos para o período é de 93%.

As informações ainda serão divulgadas pelo USDA nesta segunda-feira.

Mercado brasileiro

O início da semana foi de estabilidade aos preços do milho praticados no mercado brasileiro. Segundo levantamento da equipe do Notícias Agrícolas, o preço subiu 2,50% em Campo Novo do Parecis (MT), com a saca a R$ 20,50. Em Tangará da Serra (MT), o ganho ficou em 2,27%, com a saca a R$ 22,50.

Já no Porto de Paranaguá, a saca futura, para entrega em agosto/19, subiu 2,86%, cotada a R$ 36,00. A alta é decorrente da forte valorização registrada no câmbio nesta segunda-feira. A moeda norte-americana subiu 2,5% e encerrou o dia a R$ 3,9175 na venda,  maior patamar desde o fechamento de 2 de outubro quando tocou o patamar de R$ 3,9349.

"O dólar subiu quase 2,5 por cento e fechou no maior patamar ante o real desde o começo de outubro com fluxo de saída de recursos em ambiente de aversão ao risco no exterior e cautela com o cenário político local", informou a Reuters.

Enquanto isso, no mercado doméstico, as cotações voltaram a recuar em algumas praças, especialmente no Centro-Oeste e Rio Grande do Sul. "A pressão vem do bom desenvolvimento da safra de verão, que tem sido favorecida pelo clima, e também das exportações em ritmo lento", divulgou o Cepea nesta segunda-feira.

Além das exportações, o consultor da INTL FCStone, Étore Baroni, reforça que a demanda interna mais lenta também ajuda a pressionar os preços. "O segmento de carnes sofreu em 2018 e a maioria dos frigoríficos deverão encerrar o ano com números ruins", completa.

Como resultado, os estoques de passagem do Brasil deverão ficar entre 18 milhões a 19 milhões de toneladas de 2018 para 2019, ainda segundo informa o consultor. "Temos um cenário não tão favorável para o milho em 2019, com estoques de passagem elevados, produção na safra de verão maior e perspectiva de uma segunda safra dentro da normalidade", diz Baroni.

Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira:

>> MILHO

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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