Produção de etanol de milho deve revolucionar agroindústria mato-grossense
Mato Grosso, um dos canteiros mais férteis da agricultura mundial, deve viver nos próximos anos uma grande revolução agroindustrial impulsionada pela produção de etanol de milho. Essa foi a avaliação de especialistas do agronegócio na manhã desta sexta-feira (9), na abertura da 3ª temporada do Projeto Mais Milho, em Rondonópolis. O projeto é uma realização da Associação Brasileira de Produtores de Milho (Abramilho), Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) e Canal Rural, com a coordenação técnica da Embrapa Milho e Sorgo.
Durante a abertura do evento, o presidente da Aprosmat, Gutemberg Carvalho Silveira, saudou o presentes e associados e agradeceu a parceria com o Canal Rural. “Quero agradecer aos associados a confiança depositada em mim, de estar a frente desta instituição. Esse dia ficará marcado para nós, pois hoje figuramos o cenário nacional, graças à parceria com o Canal Rural, importante veículo que está proporcionando debates e a difusão de informações sobre o setor”, disse.
Além de se destacar com maior competitividade de mercado comparado a gasolina, o etanol de milho traz ainda outras vantagens como, por exemplo, a utilização de seus subprodutos na nutrição de bovinos. A agregação de valor do cereal é ampla e deve impulsionar cadeias produtivas como a de eucalipto e a pecuária. Um cenário de oportunidades, mas que também aponta desafios.
“Milho nós temos muito. A questão é que expansão da produção do etanol de milho precisa ser acompanhada com avanços estruturais. Você produtor, quer apenas participar do fornecimento da matéria-prima ou também participar da implantação de indústrias? Precisamos nos organizar para se posicionar nesse mercado que tem muito potencial”, provocou Glauber Silveira, vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), e que abriu um dos painéis do Fórum.
Com o tema “Etanol de Milho: como fazer parte desta oportunidade”, o debate contou ainda com a participação de Ricardo Tomczyk, presidente da União Nacional do Etanol de Milho (UNEM), Ricardo Reis, professor da Faculdade de Ciências Agrárias – FCAV/UNESP Jaboticabal e Henrique Ubrig, Executive Chairman de FS Bioenergia.
O Mais Milho realiza fóruns em diversos estados, onde são discutidas e debatidas as variadas perspectivas de como o milho pode avançar em produtividade, tecnologia, mercado e valorização do produto. Na edição desta sexta-feira (9) além do painel sobre as oportunidades do etanol, foram realizados outros dois painéis com os temas: Avaliação dos cenários político e econômico para 2019 e A tecnologia a favor do produtor rural.
No primeiro, as perspectivas econômicas brasileiras foram debatidas com bastante otimismo com relação à mudança de governo a partir do ano que vem. O painel teve a participação do jornalista político Augusto Nunes, senadora eleita Selma Arruda, deputado federal Leonardo Ribeiro Albuquerque e Nelson Barbudo, deputado federal eleito.
Já o painel “A tecnologia a favor do produtor rural” contou com a expertise de pesquisadores e engenheiros agrônomos que difundiram e debateram técnicas e tecnologias para o aumento da produtividade na produção de milho. Participaram: Adilson Pereira Duarte, pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Emerson Barghi, pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo e os engenheiros agrônomos Breno Hinnah e Bento Manoel.
O projeto Mais Milho tem o patrocínio da Ihara e Indutar. A etapa de Rondonópolis teve o apoio do Sindicato dos Produtores Rurais de Rondonópolis.
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