Milho tem nova sessão de altas em Chicago nesta 3ª com demanda e chuvas atrapalhando colheita nos EUA

Publicado em 02/10/2018 17:24

LOGO nalogo

Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta mais uma vez nesta terça-feira (2) e alcançaram seus melhores preços em três semanas. Segundo ifnormações de agências internacionais, o clima adverso para a colheita nos EUA e as expectativas de boa demanda pelo cereal americano foram combustível para os ganhos. 

As posições mais negociadas terminaram o dia subindo entre 1,75 e 2,25 pontos, levando o dezembro/18 aos US$ 3,67 e o março/19 a US$ 3,79 por bushel. 

No Meio-Oeste americano, as chuvas fortes continuam a causar certo atraso no ritmo da colheita e o mercado, que precisava de uma novidade, se agarrou a essa notícia e encontrou espaço para voltar a crescer. 

De acordo com os números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), até o último domingo (30), 26% da área cultivada com o grão já havia sido colhida, em um ritmo bem mais intenso do que o registrado há um ano. "E agora o mercado fica preocupado se isso pode prejudicar a qualidade da safra nos EUA", diz o analista de mercado Marcos Araújo, da Agrinvest Commodities. 

No front da demanda, além da notícia do acordo que preserva o Nafta e,consequentemente, o livre comércio entre China, EUA e México, as informações de que o norte-americanos deverão aumentar o percentual de etanol na gasolina também favorece o andamento das cotações. 

Ainda como explica Araújo, o percentual deverá subir para 15%, o que aumenta a demanda pelo cereal e já motiva, inclusive, um aumento de área nos EUA na próxima safra, em detrimento da soja. 

"Acredito que a demanda pelos grãos está fazendo com que os altistas tomem algumas posições no mercado, dado por esse acordo em torno do Nafta, bem como as chuvas atrasando a colheita", diz Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics. "As previsões para os próximos 11 a 20 dias mostram mais chuvas e com volumes elevados, trazendo mais preocupações com cheias em partes do Corn Belt", completa. 

Mercado Brasileiro

No Brasil, a terça-feira foi bastante tranquila para os preços do milho. As cotações no interior do país permaneceram estáveis em quase todas as praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas. O dólar, nesta sessão, fechou com seu maior recuo em três meses e meio e terminou o dia com R$ 3,93. 

"Aparentemente, a maré de Bolsonaro (PSL) parece ter começado a virar....Nas últimas duas semanas,... muitos começavam a prever que Bolsonaro não iria mais crescer nas pesquisas e que Fernando Haddad poderia empatar...ainda no primeiro turno. Mas os números de ontem mostraram uma invertida", avaliou a corretora Guide em relatório segundo noticiou a Reuters.

Leia mais:

>> Dólar tem maior queda em três meses e meio e termina a R$3,93, com avanço de Bolsonaro em pesquisa

Algumas exceções são Campo Novo do Parecis/MT, onde o preço fechou com R$ 23,00 pro saca e queda de 2,13% ou Sorriso, onde a cotação subiu 4,55% para encerrar os negócios com R$ 23,00 por saca também. 

No porto de Paranaguá, o milho fechou a terça-feira com R$ 38,00 por saca e, base Campinas, o último valor foi de R$ 39,40. 

"Acredito que Melhor momento do milho em 2018 já passou", diz Araújo sobre as cotações no mercado brasileiro. "Até a primeira quinzena devemos ter estoques de 9,5 a 10 milhões de toneladas, assim, acredito que a melhora nos preços do milho deverá acontecer somente entre fevereiro e abril do ano que vem, no entanto, para o segundo semestre, pode haver uma pressão muito grande", completa. 

Na B3, os preços recuaram nesta terça-feira, acompanhando o dólar. O contrato novembro/18 fechou com R$ 39,30 por saca, enquanto o março/19 foi a R$ 39,45. 

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário