Milho: Com atenções voltadas ao clima e a safra nos EUA, mercado encerra 2ª com leves altas na CBOT
A segunda-feira (23) foi de ligeiras altas aos preços do milho praticados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity finalizaram o pregão com ganhos entre 1,75 e 2,00 pontos. O vencimento maio/18 era cotado a US$ 3,78 por bushel, enquanto o julho/18 operava a US$ 3,87 por bushel. O setembro/18 encerrou a sessão a US$ 3,95 por bushel.
Segundo dados da Reuters internacional, o mercado exibiu uma movimentação técnica, na tentativa de se recuperar das quedas recentes e de tocar o nível mais baixo das duas últimas semanas na sexta-feira (20). Além disso, as atenções dos participantes do mercado seguem voltadas ao comportamento do clima nos Estados Unidos e no plantio da nova safra.
"Temos perspectivas para melhorar o clima em todo a região do Meio-Oeste dos EUA nas próximas semanas, o que limitaram a movimentação positiva no mercado de milho", destacou a agência de notícias.
Ainda assim, as apostas dos traders é de que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indique um atraso no plantio do cereal no país. A perspectiva é que a semeadura esteja completa entre 6% a 8% da área projetada para essa temporada.
Na semana anterior, os produtores já tinham semeado em torno de 3% da área, a média o período é de 18%. Apesar do cenário, muitos analistas têm destacado a eficiência dos agricultores americanos plantarem grandes áreas em curto espaço de tempo.
Outro fator positivo nesse início de semana foi o relatório de embarques semanais, do USDA. Na semana encerrada no dia 19 de abril, os embarques somaram 1.719 milhão de toneladas. O número ficou acima do registrado na semana anterior, de 1.576 milhão de toneladas do cereal.
No acumulado da temporada, os embarques totalizam 29.774,2 milhões de toneladas. Em igual período do ano anterior, o número estava em 37.358,7 milhões de toneladas.
Mercado interno
Enquanto isso, no mercado interno, as indústrias têm ofertado valores menores, justificando ter estoques confortáveis no curto prazo, conforme dados do Cepea. Em contrapartida, os vendedores têm negociado aos poucos em meio ao maior volume disponível de produto no Centro-Oeste e com origem da colheita em São Paulo e Minas Gerais.
"No campo, o clima seco em regiões de milho segunda safra do Paraná e de Mato Grosso do Sul deixam agentes em alerta. Alguns produtores do Paraná, inclusive, preocupados com o rendimento das lavouras, já reduzem o ritmo de venda. Caso as precipitações não ocorram nos próximos dias, o desenvolvimento das lavouras pode ser prejudicado", informou o centro em nota.
Esse é o caso de Laguna Carapã, em Mato Grosso do Sul. Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente do sindicato rural do município, João Firmino, destacou que as plantações já apresentam perdas no potencial produtivo depois de 21 dias sem chuvas.
Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira:
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