Milho: Focado no plantio nos EUA, mercado recua pelo 2º dia seguido e toca menor nível em duas semanas na CBOT
Pelo segundo dia consecutivo, os futuros do milho recuaram na Bolsa de Chicago (CBOT). No pregão desta terça-feira (17), as principais posições do cereal acumularam perdas entre 1,25 e 2,25 pontos. O contrato maio/18 era cotado a US$ 3,80 por bushel, enquanto o julho/18 operava a US$ 3,89 por bushel. O setembro/18 encerrou o dia a US$ 3,96 por bushel.
Conforme dados reportados pela Reuters internacional, as cotações recuaram e atingiram o menor patamar em duas semanas, com os investidores desconsiderando as preocupações com o clima frio nos Estados Unidos. Nesse momento, as atenções dos participantes do mercado estão voltadas para a nova safra americana.
"Os produtores plantam mais no mês de maio do que no mês de abril", disse Mark Schultz, analista-chefe da Northstar Commodity Investment Co., de Minnesota em entrevista à Reuters.
O analista sênior da Price Futures, Jack Scoville, completa que, "o clima está ganhando força para a soja e o milho, mas todos esperam que a maior parte das plantações seja plantada de uma forma ou outra no próximo mês, com perda mínima de rendimento, se houver".
E, de acordo com informações do Agrimoney.com, "o clima parece estar pronto para permitir uma aceleração nas semeaduras de milho dos EUA, após um início lento". Até o momento, o cultivo do cereal está completo em 3% da área prevista para essa temporada. Em uma semana, a evolução foi de 1%.
"A previsão é que o Meio-Oeste se mantenha mais seco no final dessa semana até a semana seguinte", disse a corretora Allendale.
No Commonwealth Bank da Austrália, Tobin Gorey disse que "os meteorologistas esperam que as condições climáticas sejam um pouco mais quentes e secas a partir do final de semana". Com isso, "os produtores devem ser capazes de acelerar o plantio nessas condições", completa.
Mercado brasileiro
Mais uma vez, as cotações do milho praticadas no mercado doméstico apresentaram ligeiras movimentações. De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Ponta Grossa (PR), a saca do cereal subiu 5,26% e encerrou a terça-feira a R$ 40,00.
No Porto de Paranaguá, a saca futura, para entrega em agosto/18, subiu 1,37% e fechou o dia a R$ 37,00. Em contrapartida, na praça de Campo Novo do Parecis (MT), a queda ficou em 2,08%, com a saca a R$ 23,50. Já em Campinas (SP), a queda foi de 1,23% e a saca encerrou o dia a R$ 40,10.
As negociações ainda caminham lentamente no mercado doméstico, conforme destacam os especialistas. Em seu boletim, reportado nesta terça-feira, a Céleres Consultoria, destacou que a menor oferta de verão ainda dá suporte aos preços.
"Entretanto, as altas perderam fôlego em função do andamento da colheita da primeira safra e da melhora da perspectiva produtiva da segunda safra", informou em seu relatório.
Ainda segundo a consultoria, até o último dia 13, 71% das lavouras da safrinha estavam em fase de floração e 22% em enchimento de grãos. Contudo, os próximos 30 dias serão decisivos para o potencial efetivo da safra de inverno.
Dólar
A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,4080 na venda, com queda de 0,12%. "O câmbio acompanhou o movimento da moeda norte-americana no exterior em meio ao cenário de maior busca por risco, mas com os investidores ainda bastante atentos ao cenário político local", explicou a Reuters.
Confira como fecharam os preços nesta terça-feira:
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