Milho: Com influência do trigo, mercado recua nesta 5ª na CBOT, mas vendas semanais limitam quedas
Pelo segundo dia consecutivo, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) recuaram. As principais posições da commodity ampliaram as perdas durante o pregão desta quinta-feira (15) e finalizaram o dia com quedas entre 1,50 e 2,25 pontos. O vencimento maio/18 era cotado a US$ 3,86 por bushel, enquanto o julho/18 operava a US$ 3,94 por bushel.
De acordo com informações reportadas pelo site internacional Agrimoney, as cotações foram pressionadas pela fraqueza registrada nos preços do trigo. Ainda hoje, os futuros do cereal terminaram a sessão com perdas de mais de 10 pontos, uma desvalorização de mais de 2%.
Comerciantes e analistas consultados pela Reuters internacional destacaram que, "as cotações do trigo recuaram com uma movimentação técnica e em meio às perspectivas de chuvas nas planícies nos Estados Unidos".
Apesar do recuo, a movimentação negativa nos preços do milho foi limitada pelas preocupações com a safra na Argentina, conforme destacam as agências internacionais. Segundo a Radiant Solutions, "as chuvas serão muito atrasadas para melhorar os rendimentos das culturas e a secura continuará nas áreas ocidentais", informou ao Agrimoney.com.
Ainda nesta quinta-feira, a Bolsa de Comércio de Rosário (BCR) revisou para baixo as estimativas para as produções de soja e milho da Argentina. No caso do cereal, a produção baixou de 35 milhões para 32 milhões de toneladas. As perdas mais expressivas são registradas nas regiões de Entre Rios, Córdoba, Santa Fe e Buenos Aires.
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Além disso, as vendas semanais de milho dos EUA somaram 2.505,1 milhões de toneladas na semana encerrada no dia 8 de março. O volume ficou acima do esperado pelos participantes do mercado, entre 1,3 e 1,7 milhão de toneladas.
Com o volume reportado, a quantidade acumulada vendida nesta safra é de 43.631,6 milhões de toneladas. O número está próximo do registrado no mesmo período do ano anterior, de 45 milhões de toneladas do grão.
Outra variável observada pelos participantes do mercado é a nova safra nos Estados Unidos. Ainda nesta quarta-feira, a consultoria Allendale estimou a área cultivada com o cereal nesta temporada nos EUA em 35,82 milhões de hectares. O número ficou abaixo da última projeção do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), de 36,42 milhões de hectares.
Mercado brasileiro
Na bolsa brasileira, os futuros do milho deram continuidade ao movimento de realização de lucros no pregão desta quinta-feira (15). Dessa forma, as principais posições da commodity acumularam desvalorizações de mais de 3%. O maio/18 era cotado a R$ 39,08 a saca e o setembro/18 operava a R$ 35,07 a saca.
O mercado recuou depois das recentes valorizações e de ter atingido o limite de alta no início da semana. Paralelamente, a Radar Investimentos reportou que, "mesmo com valores mais altos, na tarde desta quarta-feira sugiram mais ofertas de milho no mercado físico".
Abaixa disponibilidade do milho, especialmente no mercado paulista impulsionou as cotações da commodity recentemente. Ainda segundo dados da Radar Investimentos, "a colheita do milho no Centro-Sul do país está ligeiramente atrasada em relação ao mesmo período do ano passado".
Já no mercado doméstico, as cotações permanecem sustentadas. Em castro (PR), a cotação do cereal subiu 13,33% nesta quinta-feira, com a saca a R$ 42,50. Em Rio do Sul (SC), o ganho foi de 6,06%, com a saca a R$ 35,00.
No Oeste da Bahia, a valorização ficou em 3,70%, com a saca a R$ 28,00. No Porto de Paranaguá, a saca futura, para entrega agosto/18, subiu 1,52% e encerrou o dia a R$ 33,50. As informações fazem parte do levantamento diário do economista do Notícias Agrícolas, André Lopes.
Confira como fecharam os preços nesta quinta-feira:
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