Em véspera de feriado prolongado nos EUA, milho foca clima na Argentina e encerra 6ª com leves quedas

Publicado em 16/02/2018 17:06

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O pregão desta sexta-feira (16) foi de ligeiras movimentações aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). Após trabalharem dos dois lados da tabela, as principais posições do cereal encerraram o dia com ligeiras desvalorizações de 0,25  e 0,50 pontos. O contrato março/18 era cotado a US$ 3,67 por bushel, enquanto o maio/18 era cotado a US$ 3,75 por bushel.

De acordo com as agências internacionais, os investidores mantiveram a cautela nesta sexta-feira diante do feriado prolongado nos Estados Unidos. Na próxima segunda-feira (19) não haverá negociação em Chicago em decorrência do feriado do Dia do Presidente. Os negócios serão retomados na terça-feira (20).

No quadro fundamental, as atenções permanecem voltadas ao comportamento do clima na Argentina. Na próxima semana, os mapas climáticos ainda indicam chuvas em algumas regiões de produção no país vizinho, embora os volumes não deverão ser significativos.

A previsão, se confirmada, pode agravar a situação das plantações, que já registram perdas nesta temporada. Depois de um longo período seco e com altas temperaturas, os órgãos oficiais já baixaram para 39 milhões de toneladas a projeção da safra neste ciclo no país.

"Os meteorologistas ainda esperam chuvas leves, que estão bem abaixo do necessário para impedir o declínio das condições das lavouras no país", disse Tobin Gorey, diretor de estratégia agrícola do Commonwealth Bank of Australia à Reuters internacional.

Além disso, a demanda aquecida pelo produto norte-americano continua sendo observada pelos traders. Ainda nesta sexta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou a venda de 116 mil toneladas de milho ao Japão. O volume negociado deverá ser entregue na campanha 2017/18.

Mercado interno

A sexta-feira foi de ligeiras movimentações aos preços do milho. Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, o preço caiu 3,70% em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, e a saca fechou o dia a R$ 26,00. Em Campinas (SP), a queda foi de 1,47%, com a saca a R$ 33,60.

Na contramão desse cenário, em Não-me-toque (RS), o preço subiu 1,92%, com a saca a R$ 26,50. Já em Assis (SP), a alta foi de 0,73%, com a saca a R$ 27,70. No Porto de Paranaguá, a saca futura, para entrega em agosto/18, permaneceu estável em R$ 31,50.

Os analistas ainda reforçam o mercado busca um direcionamento. Os estoques da temporada 2017/18, de mais de 18 milhões segundo as projeções oficiais, ainda pesam na composição dos preços. Entretanto, as preocupações com a safrinha continuam no mercado.

Diante do atraso na semeadura da soja e, nesse momento, o excesso de chuvas no momento da colheita da oleaginosa, em muitas regiões, a janela ideal de cultivo do cereal foi comprometida.

Dólar

A moeda norte-americana caiu 0,45% nesta sexta-feira e terminou a sessão a R$ 3,2213 na venda. "A queda é decorrente do cenário externo mais tranquilo e com maior busca por risco, levando a moeda norte-americana a fechar com a maior queda semanal em sete meses", informou a Reuters.

Na semana, o dólar caiu 2,45% ante o real. A queda é a maior desde o período encerrado em 14 de julho de 2017, quando o câmbio caiu 2,88%.

Confira como fecharam os preços nesta sexta-feira:

>> MILHO

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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