Milho: Mercado tem semana de ligeiras valorizações com suporte da demanda e ainda focado no clima na Argentina

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho registraram uma semana de ligeiras altas. As principais posições da commodity acumularam valorizações entre 0,07% e 0,14%, segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes.

Porém, nesta sexta-feira (9), as principais posições da commodity recuaram mais de 3 pontos. O vencimento março/18 era cotado a US$ 3,62 por bushel, enquanto o maio/18 operava a US$ 3,69 por bushel. O julho/18 trabalhava a US$ 3,77 por bushel.

No quadro fundamental, os participantes do mercado permanecem atentos ao comportamento do clima na Argentina. As previsões climáticas voltaram a indicar chuvas nas principais regiões de produção no país a partir da próxima semana.

"Estes chuveiros devem levar a apenas pequenas melhorias em umidade do solo através da Argentina central, mas dará início ao clima mais frio, o que reduz o estresse térmico ", disse a Radiant Solutions em uma nota meteorológica diária.

Ainda essa semana, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou seu novo boletim de oferta e demanda e reduziu para 39 milhões de toneladas a sua projeção para a safra de milho do país. A estimativa ficou em linha com o indicado pela Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA).

Outro fator que segue no radar dos participantes do mercado é a demanda pelo produto americano. Essa semana, o USDA reportou três novas vendas de milho, em uma total de 355 mil toneladas, para destinos desconhecidos, Japão e para a Coreia.

Já as vendas semanais, mais uma vez, ficaram acima das expectativas dos investidores. Na semana encerrada no dia 1 de fevereiro, as vendas de milho ficaram em 1,76 milhão de toneladas. A estimativa dos participantes do mercado era de 1,35 milhão de toneladas. O volume ficou 4% abaixo do indicado na semana anterior, porém, 27% acima da média das últimas quatro semanas.

No acumulado da temporada, as vendas do cereal somam 34.021,5 milhões de toneladas. O volume ainda está abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior, de 41.189,4 milhões de toneladas do cereal.

Mercado interno

A semana foi de ligeiras movimentações aos preços do milho praticados no mercado doméstico, ainda conforme levantamento da equipe do Notícias Agrícolas. Em Sorriso (MT), a saca subiu 7,69% e terminou a sexta-feira cotada a R$ 14,00. Já em Campo Grande (MS), a alta foi de 4,55%, com a saca a R$ 23,00.

Na região de Assis (SP), o ganho foi de 4,20%, com a saca do cereal a R$ 27,30. Em Palma Sola (SC), o preço apresentou alta de 3,77%, com a saca a R$ 27,50. Na localidade de Tangará da Serra (MT), a saca subiu 2,63%, com a saca a R$ 19,50. No Porto de Paranaguá, a saca subiu 1,64% e terminou a semana a R$ 31,00.

Em contrapartida, o preço caiu 3,33% em Ponta Grossa (PR) e fechou a sexta-feira a R$ 29,00. Na região de São Gabriel do Oeste (MS), a queda foi de 2,33%, com a saca a R$ 21,00.

Ainda de acordo com informações da Scot Consultoria, as cotações permanecem sustentadas com os atrasos na colheita da safra de verão e também no plantio da safrinha devido às condições menos favoráveis neste ciclo. Segundo levantamento da AgRural, em torno de 15% da área já foi cultivada com o milho safrinha, número abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, de 27%.

"Além disso, o vendedor mais retraído com relação a oferta neste momento são os fatores que colaboram com os preços firmes no mercado interno", reportou a consultoria.

Dólar

A moeda norte-americana subiu 0,65% e terminou a sexta-feira a R$ 3,3023 na venda, maior nível desde dezembro. Conforme indicou a Reuters, a movimentação positiva é decorrente da cautela com a cena externa e o final de semana prolongado devido ao feriado de Carnaval.

Confira como fecharam os preços nesta sexta-feira:

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