Demanda dá suporte e milho tem alta de mais de 1% na semana na CBOT; clima na Argentina segue no radar
A semana foi positiva aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, as cotações do cereal subiram mais de 1%.
Nesta sexta-feira (2), os futuros do cereal tiveram uma sessão de volatilidade e encerraram o dia com ligeiras quedas entre 0,25 e 0,50 pontos. O vencimento março/18 era cotado a US$ 3,61 por bushel, enquanto o maio/18 era cotado a US$ 3,69 por bushel.
"O milho mudou pouco, já que a pressão de uma melhoria da previsão do tempo argentino foi compensada pela crescente demanda de exportação dos EUA", informou a Reuters.
Nesta quinta-feira, as cotações do cereal encontram suporte nos números das vendas semanais dos EUA, que somaram 1,85 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 25 de janeiro, conforme boletim do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
O departamento também informou duas vendas de milho nesta sexta-feira. A primeira, para destinos desconhecidos, foi de 195 mil toneladas. Já a segunda venda, de 170 mil toneladas, teve como destino o Egito. Ambos os volumes deverão ser entregues no ciclo 2017/18.
Ao longo dessa semana, o departamento já havia reportado três vendas de milho. O total negociado foi de 392 mil toneladas, com entrega também na temporada 2017/18.
Paralelamente, o clima na Argentina segue no radar dos participantes do mercado. Nos próximos dias, as previsões climáticas ainda indicam a continuidade das altas temperaturas e do tempo seco.
"Mas as previsões de chuvas e calor menos intenso a partir da próxima semana diminuíram os nervos sobre o dano da seca na Argentina", informou a Reuters internacional.
Mercado interno
No mercado doméstico, a semana foi de ligeiras altas aos preços do milho, ainda conforme levantamento da equipe do Notícias Agrícolas. Em Panambi (RS), a saca subiu 2,12%, com a saca a R$ 26,04. Em Assis (SP), a saca encerrou a semana com ganho de 1,55%, com a R$ 26,20.
Já em Campinas (SP), a alta foi de 1,49%, com a saca a R$ 34,10. Em Paranaguá, a saca subiu 1,67% e fechou a semana a R$ 30,50.
Ainda de acordo com informações dos analistas, o mercado ainda encontra suporte na colheita mais lenta da safra de verão. "O excesso de chuvas no Brasil Central e no Paraná tem dificultado o avanço da colheita da safra de verão, além dos possíveis prejuízos em termos de produtividade e encurtamento da janela de plantio da segunda safra", informou a Scot Consultoria.
A consultoria também destacou que a atenção do mercado ainda está voltada ao clima e ao andamento dos trabalhos de colheita. "Em um cenário mais favorável de clima para a colheita a expectativa é de que os preços caiam no mercado interno com o aumento da disponibilidade interna, conforme avança a colheita da safra de verão no país", destacou em nota.
Dólar
A moeda norte-americana encerrou a sexta-feira a R$ 3,2145 na venda, com alta de 1,44%. "O câmbio influenciado foi pela perspectiva de mais juros nos Estados Unidos neste ano após números robustos sobre o mercado de trabalho na maior economia do mundo", reportou a Reuters.
Confira como fecharam os preços nesta sexta-feira:
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