Clima na Argentina dá suporte e milho sobe pela segunda semana consecutiva e acumula alta de 1% na CBOT
Pela segunda semana consecutiva, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) acumularam valorizações. De acordo com levantamento do economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, os preços do cereal subiram entre 1,13% e 1,18 na semana.
Nesta sexta-feira (26), os futuros da commodity testaram os dois lados da tabela, mas finalizaram o dia com leves altas entre 1,25 e 1,50 pontos. O vencimento março/18 era cotado a US$ 3,56 por bushel e o maio/18 operava a US$ 3,65 por bushel.
Conforme destacam as agências internacionais, as cotações do cereal têm sido impulsionadas pelas preocupações com o clima na Argentina. E, de acordo com dados do Weather Plan, o tempos eco deverá permanecer na próxima semana nas principais áreas de cultivo no país.
Em meio ao cenário, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em Buenos Aires revisou para baixo a projeção para a safra nesta temporada. A expectativa é que sejam colhidas cerca de 40 milhões de toneladas entre milho comercial e de silagem.
"A Argentina vem sofrendo com essas condições desde novembro", destacou o escritório em nota.
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Além disso, o comportamento do dólar americano permanece no radar dos investidores, uma vez que pode beneficiar as exportações do país. Hoje, o departamento americano divulgou a venda de 125 mil toneladas de milho para destinos desconhecidos.
Ainda nesta sexta-feira, o USDA reportou seu novo boletim de vendas para exportação. Na semana encerrada no dia 18 de janeiro, as vendas de milho somaram 1,5 milhão de toneladas.
O volume está acima das expectativas dos investidores, entre 900 mil a 1,3 milhão de toneladas. O número ainda representa uma queda de 22% em relação ao último reporte, de 1.888,3 milhão de toneladas, mas está 59% acima do indicado nas últimas quatro semanas.
Com o novo reporte, o acumulado vendido na temporada totaliza 30.401,3 milhões de toneladas. O volume está abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior, de 39.074,0 milhão de toneladas.
Mercado interno
Ainda conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, as cotações do milho apresentaram ligeiras quedas no mercado doméstico ao longo da semana. Em Sorriso (MT), o recuo ficou em 11,11%, com a saca do cereal a R$ 12,00.
No Oeste da Bahia, a queda foi de 5,08% com a saca a R$ 28,00. Na localidade de São Campo Grande (MS), a cotação cedeu 2,22%, com a saca a R$ 22,00.
Na contramão desse cenário, a saca subiu 7,14% em Rio do Sul, com o preço a R$ 30,00. Na região de Campinas (SP), o ganho ficou em 6,33%, com a saca a R$ 33,60.
Os participantes do mercado estão focados no andamento da colheita da safra de verão e o comportamento do dólar. As consultorias destacam que os compradores permanecem retraídos, enquanto os vendedores também estão cautelosos nas vendas, o que impede baixas maiores.
De acordo com informações da AgRural, a área colhida com o milho chega a 5,3% no Centro-Sul do país. Os trabalhos nos campos estão adiantados em relação ao mesmo período do ano anterior, quando 3,4% da área havia sido colhida.
"Já o plantio do milho 2ª safra, o "safrinha", o plantio no centro-sul chegou a 3,5 por cento da área até quinta-feira, frente 5,6 por cento há um ano e 4,2 por cento na média de cinco safras", informou a consultoria à agência Reuters.
Dólar
A moeda norte-americana recuou 0,60% no pregão desta sexta-feira e terminou o dia a R$ 3,1402 na venda. Os investidores apostam que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ficar fora da corrida presidencial esse ano, depois da condenação por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, destacou a Reuters.
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Confira como fecharam os preços nesta sexta-feira:
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