Milho: Com fraqueza do dólar e clima na Argentina, mercado atinge nível mais alto em 7 semanas em Chicago
O pregão desta quarta-feira (24) foi positivo aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity ampliaram as valorizações ao longo do dia e finalizaram a sessão com ganhos entre 4,75 e 5,25 pontos. O vencimento março/18 era cotado a US$ 3,56 por bushel, enquanto o maio/18 operava a US$ 3,64 por bushel.
De acordo com informações da Reuters internacional, os preços do cereal subiram e tocaram o patamar mais alto em sete semanas. "O declínio do dólar para uma baixa de três anos levou os investidores de milho e trigo comprarem posições vendidas anteriormente", explicaram os corretores para a agência.
Ainda conforme dados do portal, "os investidores construíram posições curtas no cereal diante dos grandes estoques globais. Os estoques aumentaram a partir de anos de abundantes colheitas dos EUA, reduzindo os preços em 50%".
Em seu último boletim de oferta e demanda, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) projetou os estoques globais de milho em 206,57 milhões de toneladas na temporada 2017/18. Somente nos EUA, os estoques do cereal são estimados em 62,92 milhões de toneladas.
Por outro lado, a fraqueza do dólar dos EUA, é muitas vezes, considerada favorável aos mercados de grãos, já que faz com que as culturas fiquem mais atraentes para os compradores globais. Ainda hoje, o departamento americano informou a venda de 125 mil toneladas de milho para destinos desconhecidos.
Ainda nesta terça-feira, o USDA reportou a venda de 256,096 mil toneladas de milho para destinos desconhecidos. O volume deverá ser entregue na campanha 2017/18.
Paralelamente, o clima na Argentina segue no radar dos investidores. Diante do clima ainda adverso, a preocupação é com a produtividade das lavouras. "Apenas 11% da safra de milho da Argentina foi classificada como boa ou excelente", disse Mike Mawdsley na First Choice Commodities, em entrevista ao Agrimoney.com.
"A fraqueza no dólar, os problemas climáticos na América do Sul e a percepção de que os produtores plantarão menos hectares de milho neste verão estão ajudando a apoiar os preços do milho", disse Tomm Pfitzenmaier, analista da Summit Commodity Brokerage em Iowa, em entrevista à Reuters.
Mercado brasileiro
No mercado doméstico, as cotações do milho registraram mais um dia de ligeira movimentação. Conforme levantamento diário do economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, o valor subiu 2,19% em Sorriso (MT), com a saca do cereal a R$ 14,00 no fechamento desta quarta-feira (24).
Na região de Campinas (SP), a saca subiu 1,51% e encerrou o dia a R$ 33,60. Na contramão desse cenário, o valor caiu 1,72% no Oeste da Bahia, com a saca a R$ 28,50. No Porto de Paranaguá, o dia foi de estabilidade ao preço futuro, para entrega em agosto/18, com a saca a R$ 30,00.
Os analistas ainda destacam que as atenções do mercado estão voltadas para a colheita da primeira safra de milho no Centro-Sul do país. E o cenário mantém os preços pressionados negativamente no mercado doméstico.
Dólar
A moeda norte-americana recuou quase 2,5% no pregão desta quarta-feira e encerrou o dia a R$ 3,1590 na venda. Esse é o menor patamar desde o dia 13 de outubro de 2017, quando o câmbio chegou a R$ 3,1491 na venda.
"A queda é decorrente da aposta dos investidores de que o ex-presidente Luiz ?Inácio Lula da Silva está mais longe da corrida presidencial deste ano após sua condenação por crime de corrupção e lavagem de dinheiro já ter maioria em julgamento na segunda instância", reportou a Reuters.
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Veja como fecharam os preços nesta quarta-feira:
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