Milho: Mercado recua nesta 3ª feira na CBOT com movimentação técnica e amplos estoques globais
O pregão desta terça-feira (23) foi negativo aos preços futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity ampliaram as quedas durante o dia e finalizaram a sessão com desvalorizações entre 0,75 e 1,00 pontos. O contrato março/18 era cotado a US$ 3,51 por bushel, enquanto o maio/18 trabalhava a US$ 3,59 por bushel.
De acordo com informações da agência Reuters internacional, as cotações acompanharam as perdas mais expressivas observadas nos contratos do trigo. Por sua vez, os preços do trigo cederam mais de 5 pontos em Chicago, uma perda de mais de 1% nesta terça-feira.
"Os preços das duas commodities foram pressionados negativamente por um movimento de vendas técnicas e pelos estoques abundantes", disseram os comerciantes à Reuters.
Em seu último reporte de oferta e demanda, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) estimou os estoques globais finais em 206,57 milhões de toneladas na temporada 2017/18. Somente nos EUA, os estoques do cereal são estimados em 62,92 milhões de toneladas.
Os analistas internacionais, destacam que os amplos estoques mundiais do grão é um fator limitante para as valorizações nos preços.
Ainda no quadro fundamental, o andamento da safra na Argentina e o clima no país seguem no radar dos participantes do mercado. "Agricultores argentinos de soja e milho estão enfrentando perdas de rendimento nesta temporada devido ao tempo quente e seco que persistiu durante o último final de semana", disse um consultor de clima do país em entrevista à agência Reuters.
"A Argentina não está em uma seca real, mas não são ideais para as culturas", reportou o consultor Eduardo Sierra em entrevista à Reuters.
Hoje, o USDA reportou nesta terça-feira (23) a venda de 256,096 mil toneladas de milho para destinos desconhecidos. O volume negociado deverá ser entregue ao longo da campanha 2017/18.
Mercado brasileiro
Nesta terça-feira (23), as cotações do milho praticadas no mercado doméstico registraram ligeiras oscilações. Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, a saca subiu 3,70% em Brasília, com o preço a R$28,00.
Em Campinas (SP), o ganho ficou em 3,12%, com a saca a R$ 33,10. Na localidade de Campo Grande (MS), a saca encerrou o dia a R$ 22,00, com valorização de 2,33%. Em Sorriso (MT), a alta foi de 1,48%, com a saca a R$ 13,70.
Por outro lado, a saca caiu 2,27% em São Gabriel do Oeste (MS) e terminou o dia a R$ 21,50. No Oeste da Bahia, a perda ficou em 1,69%, com a saca a R$ 29,00.
Nesse instante, o foco os investidores segue no andamento da colheita da primeira safra no Brasil. E, segundo os especialistas, a maior disponibilidade do produto tem pressionado os preços do cereal. Do mesmo modo, os estoques elevados mantêm os preços pressionados.
O andamento do plantio da segunda safra também tem a atenção dos investidores. Com o atraso no plantio da soja, os trabalhos nos campos caminham mais lentamente e, atingiu 0,8% no Centro-Sul do país, de acordo com levantamento da AgRural.
Dólar
A moeda norte-americana fechou o dia a R$ 3,2381 na venda, com ganho de 0,90%. O câmbio subiu em meio à cautela antes do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em segunda instância. Cenário, que segundo a Reuters, pode afetar a corrida eleitoral desse ano.
Veja como fecharam os preços nesta terça-feira:
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