Milho: Na CBOT, mercado fecha pregão desta 2ª em campo misto com foco na Argentina e nas exportações americanas

O pregão desta segunda-feira (22) foi de ligeiras movimentações aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). Durante o dia, os principais vencimentos da commodity reduziram os ganhos e encerraram a sessão em campo misto. O maio/18 era cotado a US$ 3,60 por bushel, com queda de 0,25 pontos e o setembro/18 subiu 0,25 pontos, negociado a US$ 3,76 por bushel.

Apesar do suporte da valorização da soja em grande parte do dia, as cotações perderam força depois do reporte do relatório de embarques semanais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Na semana encerrada no dia 18 de janeiro, os embarques do cereal somaram 668,9 mil toneladas.

O número ficou abaixo do esperado pelos participantes do mercado, entre 790 mil a 1,04 milhão de toneladas. Ainda conforme dados do departamento, o país já embarcou 12.666,1 milhões de toneladas do cereal no acumulado da temporada. Em igual período do ano anterior, o número estava em 21.005,5 milhões de toneladas.

Além disso, o portal Farm Futures reforça que os amplos estoques globais ainda limitam as valorizações nos preços. "Mas ainda podemos ver alguma reação no mercado em fevereiro, antes que as atenções se voltem na área cultivada e no tamanho da safra no Brasil", destacou o site.

Ainda no quadro fundamental, o clima na Argentina continua no radar dos investidores. Em seu último reporte, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires destacou que em torno de 91,3% da área estimada para essa temporada, de 5,4 milhões de hectares, já havia sido cultivada.

Mercado interno

O início da semana foi de pequenas oscilações aos preços do milho praticados no mercado doméstico. Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, apenas quatro praças apresentaram modificação nas cotações nesta segunda-feira.

E, São Gabriel do Oeste (MS), o dia foi positivo, com a saca a R$ 22,00 e valorização de 4,76%. Em Campinas (SP), a alta foi de 1,58%, com a saca a R$ 32,10. Em contrapartida, o valor caiu 4,44%, em Campo Grande (MS), com a saca a R$ 21,50. Na região de Luís Eduardo Magalhães (BA), a perda ficou em 1,69%, com a saca a R$ 29,00.

"A maior disponibilidade interna tem pressionado os valores do milho em muitas regiões acompanhadas pelo Cepea nos últimos dias. A queda está atrelada ao início da colheita no Sul do Brasil e aos estoques atuais, considerados altos", reportou o Cepea em seu comentário diário.

Por outro lado, o andamento do plantio da segunda safra também segue no radar. Segundo dados da AgRural, a área semeada está próxima de 0,8% no Centro-Sul do Brasil até a semana anterior. No mesmo período do ano anterior, o plantio estava completo em 2,8%.

Dólar

Já o dólar encerrou o dia a R$ 3,2092 na venda, com alta de 0,25%. "O dólar não conseguiu sustentar a queda que o colocou abaixo de 3,20 reais pela manhã e terminou a segunda-feira em alta, com os investidores aumentando a cautela antes do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que poderá afetar a corrida eleitoral deste ano", reportou a Reuters.

Veja como fecharam os preços nesta segunda-feira:

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