RS: Umidade no solo recupera potencial produtivo das lavouras de milho
As lavouras de milho no Estado foram beneficiadas com o retorno da umidade no solo no último período, recuperando em muitas áreas seu potencial produtivo. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta quinta-feira (04/01), a fase de desenvolvimento vegetativo se apresenta em 21%. Parte da cultura implantada no cedo já se encontra em colheita, atingindo 7% da área estimada. O restante da cultura, cerca de 60%, avança rapidamente para a maturação final, atingindo 12%. Já nas áreas semeadas no final de setembro, o potencial produtivo poderá ter pequena redução.
A soja encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo (84% da área cultivada); sendo que 15% atingiram a floração e, em áreas muito adiantadas (soja do cedo), a cultura já está em enchimento de grãos (1%), beneficiadas pelas precipitações dos últimos dias. Os agricultores estão aplicando fungicidas e inseticidas químicos. Até agora não há ocorrência de fungos do solo. Observam-se algumas áreas com lavouras em dificuldade no controle de invasoras, pois no momento correto de aplicação de herbicidas não havia condições meteorológicas adequadas para tal.
Está encerrada a fase de implantação das lavouras de arroz no Rio Grande do Sul e o momento predominante é o de desenvolvimento vegetativo. Em algumas localidades, as noites mais frias têm segurado o desenvolvimento vegetativo normal do cultivo. As áreas com semeadura de sementes pré-germinadas já receberam adubação nitrogenada e irrigação. Nesta safra, os orizicultores devem estar mais atentos para o manejo da irrigação, pois com a indicação do fenômeno La Niña, mesmo que moderado neste verão, é necessário movimentar o mínimo possível a água nos quadros e manter uma lâmina mais baixa para poupar água.
A lavoura de feijão 1ª safra, em geral, vem evoluindo rapidamente para as fases de maturação e colheita, com potencial produtivo de regular a bom, apresentando boa qualidade dos grãos. No decorrer dos anos, o perfil dos produtores de feijão de primeira safra vem se modificando. Cultivado em pequenas áreas pela agricultura familiar, nota-se que o plantio desta cultura atualmente aumenta em áreas mecanizadas e entre produtores empresariais.
DIVERSOS
Nas regiões do Vale do Rio Pardo e Alto da Serra do Botucaraí, a semana teve predomínio de temperaturas elevadas, chuvas calmas e boa radiação solar. Com este quadro climático, houve boa recuperação das olerícolas em geral, principalmente as cultivadas a campo sem sistemas de irrigação. Culturas com áreas maiores, como melancia, morangas, aipim e milho verde, também recuperam o crescimento e o desenvolvimento após o período de déficit hídrico de dezembro.
A cultura da cebola encontra-se no estágio de colheita e comercialização na região Sul. São José do Norte, Tavares e Rio Grande encaminham-se para o final da colheita, com 96% colhido até o momento, com boa produtividade. Em Tavares, 75% da safra estão colhidas e em São José do Norte e Rio Grande, o percentual é de 60%.
Na Serra, mais um período tranquilo e favorável para o desenvolvimento, maturação e manutenção da sanidade das plantas e das frutas. As condições climáticas com precipitações espaçadas, presença de vento, dias com bastante insolação e temperaturas médias para a época configuraram o panorama propício para a viticultura.
As condições de produção da pecuária de corte estão satisfatórias para a época, com boa condição corporal e ótimo desenvolvimento dos terneiros desta temporada. O clima tem ajudado a produção de forragem das pastagens naturais. Na região de Bagé, o período de reprodução continua; os touros estão trabalhando e protocolos de inseminação estão sendo desenvolvidos.
Atualmente, o rebanho leiteiro é manejado em pastoreio de espécies perenes (tífton 85, jiggs, capim elefante e braquiárias melhoradas), as quais apresentam menor custo de produção ao agricultor, além de serem forrageiras de excelente qualidade nutricional. Em complemento à grande necessidade de alimentação, os produtores fazem uso também de pastagens anuais, como capim sudão, sorgo e milheto. Neste período intensificam-se os trabalhos de realização de silagem, insumo de grande importância na atividade, pois garante complementação na dieta do rebanho ao longo do ano, sendo também aliado do produtor em momentos de retração ou falta de forragem.
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