Milho: Na Bolsa de Chicago, mercado tem dia de ajuste técnico e recua pelo 2º pregão consecutivo
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho recuaram pelo segundo dia consecutivo. As principais posições da commodity ampliaram as quedas no final da sessão e encerraram a quinta-feira (4) com desvalorizações entre 1,75 e 2,00 pontos. O março/18 era cotado a US$ 3,51 por bushel, enquanto o maio/18 trabalhava a US$ 3,59 por bushel.
Segundo informações das agências internacionais, o mercado ainda trabalha de lado diante da falta de novas informações. "As tendências gerais ainda apontam para um mercado andando de lado por enquanto", destacou o analista de mercado da Price Futures Group, Jack Scoville, ao portal Inside Futures.
Embora a perspectiva é de melhora na demanda de milho no mercado de exportação devido aos preços mais baixos, ainda de acordo com o especialista. A demanda de etanol também permanece favorável.
"O sentimento é de que o clima mais frio atual possa criar uma demanda de alimentação animal adicional. E temos algumas perdas na produção de trigo de inverno devido ao clima no país", disse Scoville.
Paralelamente, o mercado ainda monitora o comportamento do clima no Sul do Brasil e também na Argentina. As previsões climáticas ainda indicam a continuidade do clima mais quente e seco. Os produtores argentinos ainda precisam finalizar os trabalhos de plantio.
"Algumas perdas de culturas são cada vez mais possíveis e as condições de La Niña implicam em condições baixas de umidade do solo durante a maior parte da estação de crescimento", completa o especialista.
Mercado interno
A quinta-feira (4) ainda foi de estabilidade aos preços do milho nas principais praças pesquisadas pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes. Em tangará da Serra (MT), o ganho ficou em 2,63%, com a saca do cereal a R$ 19,50. Já em Campinas (SP), o ganho ficou em 1,56%, com a saca do grão a R$ 32,60.
Na localidade de Panambi (RS), o preço caiu 2,07% e a saca fechou o dia a R$ 25,50. Em Palma Sola (SC), o recuo foi de 1,85%, com a saca a R$ 26,50. No Porto de Paranaguá, o preço permaneceu inalterado em R$ 32,00 a saca do cereal.
De acordo com informações da Radar Investimentos, o ritmo dos negócios permanece lento no mercado doméstico. Por outro lado, o foco dos participantes do mercado segue no desenvolvimento da safra de verão no Brasil.
No maior estado produtor do cereal na primeira safra, o Rio Grande do Sul, "as lavouras foram beneficiadas com o retorno da umidade no solo no último período, recuperando em muitas áreas o seu potencial produtivo", destacou o boletim informativo da Emater/RS.
" A fase de desenvolvimento vegetativo se apresenta com 21%. Parte da cultura implantada no cedo já se encontra em colheita atingindo 7% da área estimada, e as demais (60%) avançam rapidamente para a maturação final (12%). Já para as áreas semeadas no final de setembro, o potencial produtivo poderá ter pequena redução", ainda conforme dados da entidade.
No caso do Paraná, cerca de 86% das lavouras estão em boas condições, segundo levantamento realizado pelo Deral (Departamento de Economia Rural). 40% das lavouras estão em fase de floração e 2% em maturação.
Confira como fecharam os preços nesta quinta-feira:
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